quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Depois de ler Clarice

Me faltava um pedaço. Um pedaço que se esmigalhou em muitos.Um pedaço que não lê nem escreve. Faz os dois como um meio. Um pedaço que vai procurar sempre procurar sem encontrar. Faltava-me a satisfação de ser pra sempre insatisfeita. De me descobrir pra sempre insatisfeita e para de me conformar com isso. Falta alguma coisa que me move. Pra isso se faz necessária um direção. Faltava voltar a procurar alguma coisa pra procurar e agora eu perdida nessa emaranhado preciso aceitar essa perdição e voltar a andar sem rumo. O importante é andar e nunca em linha reta pra não esquecer que a vida é muito mais que um objetivo. A vida é buscar um sentido sem nunca encontrá-lo e não há nada mais prazeroso que a busca.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Porque livros são sobre grandes jornadas, que percorrem o mundo inteiro ou não saem do lugar, quase nunca se chegam em seu lugar. Andam em círculos sem saber ao certo o caminho, mas procuram a si mesmos e assim nos levam para que nos percamos em nós.

domingo, 28 de agosto de 2011

Fiquei chateada por ninguém me ligar no dia seguinte e perguntar se eu estava bem. Fiquei chateada por sempre ser a ultima a saber. fico chateada com a minha necessidade de fazer drama com tudo. Fiquei chateada de dizerem que eu sempre fico um pouco de lado porque eu sumo, porque eu não gosto de festa como elas. Fico chateada de não conseguir falar. Fico chateada de ter uma sombra me seguindo aonde vou. Fico chateada que ninguém vai saber de tudo o que me deixa chateada

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Coloquei uma música de tempos atrás, não pensei em tudo que eu tinha passado desde então. Eu era tudo o que eu tinha passado desde então. O que eu seria então? Fugi de pensar, mas ainda mais agoniante que o futuro é pensar o presente. Talvez só se consiga entender as coisas 200 anos depois que elas acontecerem. Me acalmei. Quem sabe num futuro distante alguém entende tudo isso e acaba com essa angustia.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Au ReVoir

-É cedo.
-Por isso mesmo.
-Cedo demais pra fugir de casa
-Por isso mesmo, assim eu não estou fugindo. Eu esperei você acordar. Eu estou indo embora sem fugir. Quero te dar um beijo de despedida. Despedida por agora, porque eu sei que a gente um dia vai se encontrar por acaso em algum lugar e eu não quero fingir que não te conheço, então quero conseguir me despedir de você sem desistir de ir embora.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Fazia tempo mas ai vai o desabafo

Você mesmo, você que não existe se não na minha cabeça.

De todos você é o maior dos sonhos, meu pesadelo e só. Você não é nada e disso eu sei. Que eu te amei eu sei, mas faz tempo demais, agora você é um troféu. Me obcequei por ti. Você é a criatura mais maravilhosa que já olhou pra mim e o mais maravilhoso em você é ter olhado pra mim.
Me rasgo por você sim, quero te. Quero te ter e nada mais. Quero que me queria uma vez mais. Quero que me tenha eternamente e só isso me satisfaz. Finjo que te gosto, mas nós sabemos que não. Não se confunda minha queria obsessão.
Quero sair linda pensando em você sem que você me veja. Quero te esquecer até a próxima vez que te ver. Quero o teu desejo, para me sentir eu. Só assim me sinto desejável. Por tudo isso te preciso e te persigo. Não espero que me entenda. Tua compreensão não me interessa. Eu sofro, mas no fim sei que sedes.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Não é o teu passado que eu quero. Não vou te entregar o meu. Ele é só meu, talvez tão meu que nem passe. Não Importa. Não é seu. De mim você tem a minha história sobre você. Tudo que eu resolvi que aconteceu e tudo que eu quero que aconteça. Em troca te exijo que faça parte dela. O resto pode ficar pra depois. Quando as coisas passarem, mesmo que elas nunca passem.

domingo, 5 de junho de 2011

Eu adotei a postura  cética de dizer que não havia ninguém. Dramática, exagerada, tudo isso. Só preferia acreditar nisso antes de cair de um pedestal. É assim. Sou assim. Jurava que mudei, mas não. Quero ficar assim que é onde consigo me segurar. Nenhum lugar me cabe nem me suporta. Fico aqui fingindo que tenho um lugar nesse lugar inventado e assim sigo sem sair.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Passando

Os dias de fazer nada estão acabando. Fico feliz em ser obrigada a fazer coisas. Sou obrigada a me obrigarem a fazer as coisas que eu gosto. Eu gosto demais de não fazer nada e ao mesmo tempo me agonio com isso. Acho que eu preciso de um chute pra mudar minha inercia. Fico feliz. Acho que agora vou grudar nessas coisas e não mais nas pessoas. Eu soube quando as vi. Acho que andei grudada demais num passado que não existe. Agora quero que tudo passe e de passagem comprimento sorrindo com meus olhos enormes. Bom dia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tudo dá um pouquinho certo. Não é que as coisas por não serem preto ou branco são cinzas. Elas talvez sejam laranjas.