sábado, 25 de dezembro de 2010

Novelos

Como é difícil quando está tudo embaraçado. Como é difícil saber onde é o começo. Como é difícil saber onde termina ou o que é seu e como é dificíl ter que desatar um nó.

Cansada de correr atrás de tudo resolvi me contentar em saber o que me contam e ser contente. Eu também não tenho contado muita coisa, mas é por que eu não tenho nada para contar. Eu gosto do rafa, eu gosto de jogar tetris, estou gostando muito do livro que estou lendo, assisto TV todo dia do meio dia a uma, mas de tudo tenho gostado mais do Rafa. Talvez eu devesse procurar coisas pra contar, coisas que sejam interessantes. Quem sabe coisas para escrever? Mas eu gosto tanto das coisas desimportantes que eu gosto. Deixa elas passarem que eu conto alguma coisa sobre como elas vão embora. Tenho gostado desse mundinho miúdo e inexistente que eu crio nas férias. Nele quase não tem espaço pra mim. Não se sinta mal, você é muito maior que ele. Eu volto prometo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Dessa vez arrumar o quarto não envolveu nenhum sentimentalismo. Vale a pena, pra pasta; não vale, lixo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como foram as minhas férias

Esse é o título porque esse ano eu tive mais férias do que em qualque outro. Acho que é por isso que eu não escrevi um post sobre estar derretendo o meu cerebro nas férias durante as férias. Eu fiz isso o ano todo. Eu voltei a assistir TV, comececi a ver seriados, quase não li e quase não me dediquei a faculdade. Isso é bem frustrante se você for pensar que pela primeira vez na sua vida você está estudando só o que você escolheu e você quer e você vai usar isso pro resto da sua vida.
Acho que eu acabei confundindo estudar só o que eu quero com fazer só o que eu quero. As matérias basicas da faculdade eu com certeza fiz: Truco, Cerveja, Festa. Greve I eu não fiz, não ofereceram esse ano e acho que eu deixei de me interessar. Por um lado eu sei que eu ando bem menos politizada e critica e tudo isso. Por outro eu tenho criticado essa propaganda ao contrário. Talvez eu esteja justificando a minha alienação assim, mas eu já me sinto confusa com isso.
Voltando a faculdade, eu sinto como se eu tivesse estudado uma semana em julho e esse último mês. Sabe quando você vê em filmes aqueles universitários tomando café loucamente pra terminar os trabalhos varando a noite? Então eu descobri que isso não é coisa de filme.
Claramente se você tem um trabalho para daqui a uma semana você vai passar os 4 próximos dias se dizendo que tem que fazer o trabalho, se martirizando e enrolando até dois dias antes. Vai passar dois dias acordado e no final dá tudo certo. Descobri que é assim que o mundo funciona. Também descobri que por mais que eu goste de ir pra história fazer o social o ano inteiro eu gosto muito mais da faculdade na última semana de aula. Porque é semana que eu realmente aprendo história e eu lembro o quanto eu gosto disso. É realmente prazeroso estudar.
Eu me sinto mal. Eu não quero mais passar o semestre reclamando e lembrar o quanto eu sou apaixonada por isso nas três últimas semanas. Eu sempre tive dificuldade de lidar com  minha liberdade. Deve ser por isso que eu busco me prender de diversas formas, mas isso fica para outro dia. Eu quero mudar isso. Eu quero passar o tempo todo lembrando o quanto eu gosto de onde eu estou e não só pela companhia, ams por tudo o que eu faço. Quem sabe ano que vem da certo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Esquecido

Eu ainda lembro de você, mas você não mais um lembrança. Você é tão distante é como se não existisse no meu mundo. Nada aconteceu com a gente, mas eu fantasie um monte de coisas. Você é um conto de fadas perdido em algum lugar na minha mente, não é possível que um dia tenha existido de verdade. Você não existe. Eu cresci eu conheço a realidade. Eu sei porque eu fujo dela, mas onde anda você? Como anda você? Será que de alguma forma você se tornou real? Eu não quero saber. Pode doer nos meus sonhos. Eu prefiro assim.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Eu fiquei te esperando. Você nunca disse que estaria lá, mas você deveria estar. Eu queria te ver. Queria estivesse lá. Eu queria dizer tudo o que eu levei pra te dizer lá, mas você não estava então eu não disse. Agora eu não vou dizer, por medo e por birra. Ainda assim quero te ver pra não dizer mais nada. Você já sabe o que eu poderia dizer. Só apareça em algum lugar enquanto eu não espero nem procuro. Você é sempre uma surpresa boa.

domingo, 28 de novembro de 2010

Ela só olhou de longe. Era a vida dela. Por que ela tinha cabelo loiro? Quem escalara aquela estranha para o seu papel? Será que ela poderia processá-la por roubar sua história? Ela pensou em ir lá perguntar a loira o que ela fazia lá, mas ficou a penas ali olhando de longe. Ela não deveria olhar, deveria se virar e continuar andando, mas não havia como andar. Era impossível parar de olhar. Ela já nem via, apenas olhava e inventava uma história nova para os dois. A história que roubava a dela. Teria de ser melhor que a sua. Ela devia ser melhor, para ter sido escolhida em seu lugar, mas ela não era. Era impossível ser. Só ela sabia como era sonhar com ele, como era admirar seu sorriso. Ninguém ficava tão feliz ao vê-lo. Por que a estranha roubaria o único que a fizera sentir alguma coisa?
O que mais lhe doía é que eles nem a viam. A estranha nem sabia que ela existia. Ela mal existia. Sem existir uma hora ela teve que voltar a andar procurando existir.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O que o face book diz sobre mim

Bom, além de que se eu fosse uma piriguete na história eu seria a Ana Bolena. (O que é maior legal, porque ela ajuda a romper com a igreja católica, é mãe da Elizabeth, a rainha virgem cof, é decapitada e por ser da baixa nobreza faz com que o parente mais próximo da Elizabeth seja um escocês o que leva a revolução gloriosa.) (Olha fui historiadora o suficiente para não usar pontos.) Enfim além disso minha vida seria dirigida pelo Trufault. Sim eu só vou por os resultados que eu gostei.
Pra escolher um desenho eu escolhi o Woodstock. E fiquei em dúvida entre ele e a vampira do X-men, mas achei que seria muita pretensão escolher ela. Resolvi fingir que eu sou fofa e descolada. Acho que é isso o que eu faço da vida.
Eu gosto de filmes descolados que dão sono ou desenhos e ouço de Hole a Caetano Veloso, mas gosto mais de Beatles.
Acho que tudo isso diz bastante sobre mim. Ou não. Aproveite como quiser.

Aproveitando achei mais uma dessas coisas de gente desocupada e resolvi brincar^^

REGRAS:
1. Ligue seu music player no aleatório.
2. Aperte avançar para cada pergunta.
3. Use o nome da música como resposta para a pergunta mesmo se não fizer sentido.
NÃO TRAPACEIE!
4. Com as respostas, dê seus próprios comentários de como isso se relaciona à pergunta.


1. Como você está se sentindo hoje? Trovoa- Maurício Pereira 
(faz sentido, eu acho, ta meio chovendo, minha cabeça trovoa...)
2. Você vai avançar na vida?  Love Story- Taylor Swift 
(É, sempre depende do seu conceito de avançar. No que eu tenho vivido até dá pra ser um sim)
3. Como os seus amigos te vêem? A volta do Malandro- Chico Buarque 
(Não acho que seja isso)
4. Você vai se casar? Mania de Você- Rita Lee 
(Olha, casamento num é bem a palavra eu diria...)
5. Qual é a música tema do seu melhor amigo? Several Species Of Small Furry Animals Gathered Together In A Cave And Grooving With A Pict- Pink Floyd 
(Não conseguiria escolher melhor)
6. Qual é a história da sua vida?  Passaredo- Chico Buarque
7. Como foi/será o ensino médio? Minha Senhora-Caetano Veloso e Gal Costa 
(Chato, nada haver¬¬)
8. Como você pode seguir com a sua vida? O filho que eu quero ter- Chico Buarque (MEDO)
9. Qual é a melhor coisa sobre seus amigos? Spiderwebs- No Doubt
10. O que tem programado para esse fim de semana? Self Inflicted- Katy Perry
11. Para descrever seus avós? Do litoral- Vinicius Calderoni 
(Olha fez muito sentido)
12. Como está indo sua vida? The world is not enough- Garbage 
(Haha... O meu mundo não mesmo)
13. Que música vai tocar em seu funeral?  Universsaly Speaking- Red Hot Chilli Peppers  
(Não é o que eu tinha pensado, mas até que é bem legal)
14. Como o mundo te vê? Sad Song- Au Revoir Simone 
(Faz muitoooo sentido, essa mania de me martirizar e ser bonitinha... As pessoas irem embora sem brigarem e isso ser ainda pior...)
15. Você terá uma vida feliz?  Lua, Lua, Lua, Lua- Caetano Veloso 
(Sobre ser de Lua... Às vezes? Inalcansável?)

16. O que você deveria fazer agora? Shine on Your Crazy Diamond (part IV)- Pink Floyd 
(É o que eu tenho feito mesmo)
17. As pessoas te desejam secretamente? Devil and Daughter- Black Sabbath
(Se essa música não me lembrasse tanto uma pessoa eu diria hell yeah... Mas agora as coisas se complicam... Num vou falar que acho que sim mesmo achando isso) 
18. Como posso me fazer feliz? Pumpkin Soup- Kate Nash 
(I just want your kiss boy^^)

19. O que você deve fazer com a sua vida? Lágrimas Sofridas- Los Hermanos 
(Não quero voltar pra fossa, valeu...)
20. Você terá filhos? Berimbau- Nara Leão 
(É isso responde muita coisa)
21. Você faria strip-tease com que música?  Geraldo Vandré- Zeca Baleiro (NÃO!!!! Broxante...)
22. Se um homem numa van te oferecesse balas, o que você faria? Tranqueira- Tó Bradileone
23. O que sua mãe pensa de você? When I'm sixtyfour- The Beatles
24. Qual é o seu segredo mais negro e profundo? About a girl- Nirvana (Opa)
25. Qual é a música tema do seu inimigo mortal? Tanto Mar-Chico Buarque 
(Bom tema para maléfica história ibérica)
26. Como é sua personalidade? Ghost Song- The Doors
27. Que música será tocada em seu casamento? Don't Speak- No Doubt (Melhor não...)
28. Quais são suas aspirações? A Rita- Caetano Veloso e Chico Buarque
(Não levou um tostão porque não tinha não...)
29. O que passa pela sua mente quando você acorda? Fried My Little Brains- The Kills 
(Autoexplicativo vai)
30. O que seu namorado quer de você? Brianstorm- Arctic Monkeys  (Acho que num é bem isso...)

domingo, 21 de novembro de 2010

30 cartas

O que eu descobri com tudo isso.
Acho que é muito fácil ser uma pessoa especial pra mim, mas não tem regra nenhuma. Eu gosto ou não gosto e pronto. Apesar disso evito atritos.
Acho que eu tenho muito mais medo de falar sobre um possível futuro do que sobre um passado, mesmo que ele nunca passe. Tem algumas pessoas que eu forço a fazer parte da minha vida muito depois que elas já foram. Eu gosto delas apesar de tudo. Tem outras que acho que sempre fizeram e sempre farão e nunca vai sobrar algo de especial para falar. Só tudo o que eu faço, eu acho.
Eu adoro falar sobre mim, mas nunca comigo, sempre sobre mim algum outro personagem que eu inventei tentando tornar a minha vida um pouco mais interessante, mas no fim acho que eu gosto de tudo. Principalmente dos meus queridos destinatários.
Why So Serious???

domingo, 14 de novembro de 2010

30-

Para o seu reflexo no espelho

Oxelfer

Rop et rev aid on ohlepse iebaca rop ratsog ed êcov. Méla ed em ratirri moc so sues sotiefed, sam on mif êcov é mu ogoj ed zul e ue uos meb roiam.

sábado, 13 de novembro de 2010

Vida em flor

Eu tinha um caderno amarelo. Ele começou com desabafos pra esquecer o Peco, mas eu sempre cuidei muito dele. Ele é todo escrito de caneta azul e tem vários recortes que tem haver comigo. Nele estavam escritas coisas que eu não quero falar pra ninguém. A maioria sobre meninos ou sobre besteiras que eu fiz. Ele acabou agora. Ele acabou ao contrário do que ele começou. Gostei disso.
Eu também estou acabando as cartas e acabei o último trabalho desse semestre pra faculdade.
Continuo bem a mesma, mas eu ando feliz. Tudo sempre acontece em Outubro, agora Novembro. Ainda é primavera, mas já é quase verão, mas hoje é um dia frio. Eu gosto de dias frios, mas quando são esses sábados assim em que você passa o dia na cama. Vou estourar pipocas, assistir alguma coisa e continuar sonhando sozinha.
Vou estudar que eu fiquei feliz com isso agora.
Acho que meus anos novos são em Outubro. Agora coisas novas estão começando.
Sei que é estranho dizer isso assim no final do ano, mas é como eu começo. Desabrocho de novo. Ando feliz.

29-

Para a pessoa que você gostaria de dizer tudo, mas tem medo
  
Cami!!!!
Em primeiro lugar gostaria de dizer TUDO. Agora que eu já disse tudo e já roubei na ordem das cartas vou escrever uma pra você porque você pediu. Bom, você sabe que eu gosto muito da sra. e que eu vou estar sempre aqui pra o que der e vier.
Eu sei que você sempre acha que tem que estudar um monte pra ser sempre muito melhor do que os outros e ainda tem que jogar ragnarok e tem preguiça de sair, mas mesmo assim eu tinhamo e sinto sua falta às vezes. Às vezes me irrita esse seu jeito de ser competitiva em tudo. Se bem que nesses últimos meses eu tenho sentido mais saudades do que qualquer coisa. Mesmo assim eu sempre acho difícil a gente sair. É estranho né. E me sinto como se não tivesse liberdade pra falar das coisas com ninguém como eu tinha antes com vocês. Vocês parecem tão longe. Eu também sinto falta de jogar buraco.
Acho que agora você anda mais feliz com a poli. Menos pressão também. Eu até te vejo no msn.Seja pra onde for que você vá eu acho que você vai estar bem pequena. Eu vou estar torcendo por você mesmo sem entender nada. 
Bom, eu acho que eu num te escrevi uma carta porque eu num tinha o que dizer, porque quando eu tenho eu falo para você.

Beijos ju

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

28-

Para alguém que mudou a sua vida

Caro Tomas Irici,

Você com quase certeza não sabe quem eu sou. Bom, eu sou a pessoa que passa por muitos lugares pelos quais você passa. Que você já me viu eu tenho certeza, mas duvido que saiba meu nome. É estranho escrever a um estranho, ainda mais sob o pretexto de que ele mudou sua vida, mas é esse o nosso caso. Não é nada que você fez. Foi simplesmente você estar lá e foi como eu fiquei depois de te descobrir.
Você foi uma paixãozinha minha. Não por nada do que tenha dito ou feito. Simplesmente por ser diferente de tudo que eu conhecia. Você me mostrou que as coisas não precisam viver em caixinhas. Você que começou tudo isso comigo. Eu fui atrás pra ser alguém parecido com você. Eu vi que não era isso que eu queria, mas eu vi o que eu queria. Você me ensinou que no fim você tem muito mais escolhas. Pode parecer meio bobo agora, mas pra uma menina insegura de 12 anos isso é muito.
Ainda acho que o mais legal é te ver muitos anos depois e te achar parecido comigo. Fiquei orgulhosa de mim. Quero uma tattoo sua. Quem sabe um dia você não descobre quem eu sou.

Pode me chamar de ju

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

27-

A pessoa mais amigável que você conheceu em um dia

Bia!,

Então, você deve saber que eu não sou muito amigável com pessoas que eu conheço num dia. Por isso eu num tenho muitos exemplos daquelas pessoas supersimpáticas que viram seu best em um dia. Quer dizer, acho que com você foi mais ou menos assim. Dado contexto de estar bêbada sozinha sem ninguém que eu conhecia. Sendo que eu conhecia você a um pouco mais de tempo que todo mundo naquele bar. 
Óbvio que você só faz amigos na história bêbado ou jogando truco, ou ambos, mas você foi a primeira e olha eu continuo gostando muito de você. Incrível não. Além do que eu passei momentos bem divertidos com você como ser fotografada como alien na Paulista ou levar o Albertinho no cinema. 
Ah e desculpa por você ter que ouvir minha crise sobre meninos toda semana sendo que cada uma é por um diferente. Eu prometo que eu sei que eles são babacas, mas na hora...
Enfim isso é o de menos aqui. O importante é que você foi a primeira amiguinha nova na história que eu fiz e por isso você ganhou um título importante aqui e na minha vida. Você já sabe que eu num vou falar nada de muito importante já que eu falo com você quase todo dia. Então quando eu lembrar alguma coisa importante eu te falo quando te encontrar. 
Eu não vou ser gay pra você não me chamar de viadinho tá?

beijinhos ju

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Escolas

Eu sentei num cantinho quase imperceptível.
Pensei um pouco como seria meu primeiro dia de aula. Se bem que meu primeiro dia de aula esse ano foi até que bem tranquilo. Eu sou tímida. Eu fico nervosa em lugares em que eu não conheço e com pessoas que eu não conheço, mas eu me acho simpática. Eu só respondo sim ou não, mas é sempre sorrindo querendo dizer "hey obrigada por vir falar comigo, mas eu não sei puxar assunto".
A escola era completamente diferente da minha. Eu fiquei pensando em muitas coisas. Achei bem melhor que a minha. Eu queria ter aprendido mais liberdade e autonomia. Eu não queria me sentir culpada a cada transgressão. Eu queria não ser tão recatada e contida como eu me sinto. Eu queria ter aprendido a transgredir antes e não só no colegial. Acho que eu seria muito mais segura.
O conteúdo chega da mesma forma. Mas eles não vem a sorte que eles tem de não aprenderem a ser robôs junto. Acho isso pelo fato de poderem falar sem levantar a mão. De terem a liberdade de levantarem durante a aula ao invés de ficarem sentados estáticos na cadeira esperando aqueles baldes de conhecimento. Digo por eles terem um tempo e tarefas a serem compridas, mas poderem fazer isso como quiserem. De certa forma eu ainda me sinto presa a carteira da escola. Sem falar sem autorização sem levantar. Podem dizer que não é assim, mas eu considero o meu ensino fundamental assim. Essa é a lembrança que fica.
Apesar de me maravilhar eu continua sendo contra carteiras e aquela disposição maligna de salas de aula. Eu trocaria tudo por puffs e pranchetas em roda. Ah, eu também criminalizaria qualquer uso de power point que não fosse para mostrar exclusivamente imagens usadas na aula. Mas quem sou eu pra resolver tudo isso. Bom, sou estudante. Deve valer de alguma coisa.

26-

A última pessoa para quem você fez uma promessa


By the way I tried to say I'd be there waiting for

sábado, 6 de novembro de 2010

25-

Pra quem você sabe que está passando pelos piores momentos (traduções cada vez mais preguiçosas)

Re!!!!
 
Em primeiro lugar eu não vou expor o seus problemas. Afinal são seus e eu não tenho esse direito. Eu leio o seu blog sempre, assim sempre na medida do possível. Eu gosto que você escreve. Você diz que eu escrevo de um jeito que só eu entendo. Você é o contrário. Você não tem medo de contar a sua vida pra todo mundo. Claro que eu acho que sua vida é muito mais do que uma série de postagens, mas de qualquer gosto que você escreva. É um jeito de saber como você tem passado e também um jeito de organizar os pensamentos. Pelo menos eu encaro assim. É bom ter noticias de amigos e por isso é bom ter amigos com blogs, eu acho.
Às vezes eu leio e fico feliz por você estar feliz, mas quando são coisas tristes eu fico nervosa. Eu nunca sei o que dizer. Acho que ninguém sabe. Essa carta também é pra isso. Acho que eu deveria conseguir falar alguma coisa, mas eu realmente não sei como. Então eu digo o que eu acho que posso. Que eu me importo e que eu vou estar sempre aqui se você precisar. Mesmo não sendo a pessoa mais didatica pra te ajudar com o vestibular e ainda sendo confusa com palavras de consolo. Enfim acho que você já sabia de tudo isso, mas eu quero mesmo que saiba. Se cuida.

Beijos ju

P.s. Eu ainda fico moh feliz de ter sugerido a mudança do título do seu blogXD

domingo, 31 de outubro de 2010

24-

Pra quem te deu sua melhor lembrança

Amigos!

Eu não costumo gostar de praia, mas com vocês ela não é importante. A gente é importante. O baralho, o cigarro, a minha pinga e o meu engradado de cerveja, os nojos e as louças sujas. As nossas conversas filosofia de buteco na varanda e as nossas suecas. Nossas risadas. Tricô. TV aberta. Pipoca. Tudo é especial. Nossa bolha dentre de uma bolha horrível. Acho que nunca tive pessoas tão especiais assim. Quando qualquer coisa boba vira uma coisa especial pra depois lembrar e rir. Apesar de eu sempre estar com um pouco de cara de sozinha me dêem atenção, desculpa por isso, nada é melhor do que feriados assim. Quando é próximo?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Oi

Oi!
Eu gosto de listas e tesouras. Eu não gosto de rosa, mas eu gosto de rosa no computador. Eu não gosto de azul. Amarelo só em flores. Gosto de vestir verde musgo, roxo e vinho. Até gosto de vinho, mas prefiro coca-cola, cerveja e pinga. Eu gosto de caixas, mas normalmente elas ficam vazias com a bagunça ao redor. Eu gosto de Beatles, Nirvana, Doors e Chico. Eu também gosto de Hole, Garbage e Blondie, não escondo, mas não saio contando. Não sei dançar, então vou em baladas que toquem rock. Prefiro dançar indie rock. Gosto de ler, mas deve fazer um ano que eu não termino um livro.
Atualmente ando feliz, mas normalmente me sinto sozinha. Eu quero muito que não, mas eu quero muita atenção. Quero que me achem especial.
Esse ano disseram eu eu sou bonita e eu comecei achar que talvez eles não estivessem mentindo. Eu engordei. Acho que porque tenho fumado menos. Eu gosto de fumar. Eu não consigo parar. Não me incomoda, só incomoda porque eu acabo incomodando os outros.
Eu gosto de recortar revistas. Gosto de recortar figuras que digam algo sobre mim. Gosto de fotos ou desenho de meninas.
Eu tenho um diário, ele começou sendo escrito pro meu ex-namorado, mas acho que agora não é mais. Eu colo meus recortes nele.
Eu gosto de escrever, mas normalmente o que eu escrevo não me agrada.
Eu escrevo sobre como eu me sinto, mas eu me sinto comum demais pra ter algo pra escrever, então eu escrevo como eu sou.
Eu goto de prestar atenção nas pessoas, mas normalmente eu sou distraída demais pra isso.
Eu gosto de ir pra faculdade pra ver as pessoas que eu gosto, mas eu não tenho paciência pra estudar. Quando eu estudo eu gosto da faculdade, mas eu sou dispersa demais pra estudar muito tempo.
Eu gosto de café, mas ultimamente minha barriga tem reclamado. Continuo gostando de café.
Eu quero ser professora. Não me vejo sendo outra coisa, mas o que eu mais gosto é fazer algo com artesanato. Gosto de fazer presentes.
Gosto de fazer surpresas também. Eu gosto de surpresas.
Meu mês preferido é Outubro. É o mês do meu aniversário, mas eu tenho a impressão que tudo muda em Outubro.
Gosto de gatos, mas tenho dois cachorros. Talvez eu culpe eles por não serem gatos.
Eu queria ter um rato. Ele ia chamar sid, mas talvez de muito trabalho.
Eu queria escrever um livro. Seria uma ficção. Não quero ser pesquisadora. O meu problema é que eu não tenho uma história.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cinemas?

Dias de passar na Paulista pulando de cinema em cinema e entre eles tomar alguns expressos. Andar com o óculos vermelho por ai com pose de cult. Eu sempre gosto dessa época do ano. Outubro aniversário, mostra halloween.
Ontem eu passei o dia indo no cinema. Vou começar pelo pior. Foi o último filme que eu vi. No shopping. Americano. "O garoto de Liverpool". Era para ser um filme sobre a adolescencia do John Lennon, mas podiam dar qualquer nome para o personagem que não mudaria em nada. Era só um dramalhão holliwoodiano. Acho que mais sofrido do que a maioria. Filme de TV.
Antes dele eu assisti outro que eu também não gostei. Me irritam os filme que acham que são descolados porque falam sobre sexo e mostram sexo explicito o tempo inteiro. Às vezes eu me sinto puritana. Acho que o problema é da minha moral cristã e não do filme, mas eu acho que eu não fico tão constrangida assim de ver sexo. Acho que não é nada estético. Nunca li Freud, mas acho difícil me convencerem que tudo se resume a sexo e mesmo assim cinema não se resume a sexo. Não esse tipo de cinema.
Acho que cinema deve ser estético. Do contrário pra que filmar pode-se gravar apenas o audio ou só escrever. Também acho que cinema exige um roteiro do contrário entramos no meio da pornografia que eu não tenho muito interesse. Aliás acho que nenhum. Pra ser sincera eu nunca vi. Nunca tive curiosidade. Não me acho moralista também. Faço sexo não tenho nenhum problema com isso, mas é meu sabe. Acho que o dos outros não vai me divertir tanto assim.
Sem me desviar de mais volto para o maldito filme alemão. Eu ainda gostei mais dele que do sobre o John Lennon. Acho que não tinha história nenhuma, mas até gosto de filme que são apenas diálogos de personagens interessantes. Nesse os personagens não eram assim interessantes. Tudo girava em torno de uma moça que não sabia quem era. É incrível quanto isso é frutífero. Os demais personagens acho que eram só interlocutores dela. Até gostei do diálogos, de alguns deles. Alguns eram superficiais, óbvios ou eu que sou burra. De qualquer forma o filme me fez pensar. A vida dela no fim se resumia a homens e no começo ela não admitia que era simplesmente por prazer. Ela sempre revestia tudo com amor. Acho que todo mundo comete essas hipocrisias. Depois ela admite que é uma vagabunda e começa a se esforçar para isso. No fim fica um tanto ridículo, mas isso de fingir que tudo é mais rosa por não aceitar a realidade nua e crua. É o que eu acabo sempre fazendo eu acho. Acho que todo mundo criado com conforto e dentro dos padrões judaico-cristãos. Eu não queria ser assim, mas eu sou. Eu tento não ser, mas dai sim as coisas ficam parecendo meio ridículas. Não sei como ser, mas vou sendo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

23-

Pra última pessoa que você beijou


Oi,

Bom, faz algum tempo que eu estou adiando essa carta.Eu me perguntava quem seria o destinatário dela quando chegasse a hora. Você não é uma novidade, mas ainda sim é uma surpresa. Eu fico feliz que ela seja pra você. Nesses últimos dias você me deixou feliz. Acho que eu tenho muito medo de me entregar e mais ainda de acabar fazendo isso e te sufocando, porque é o que normalmente acontece, mas ficar com você tem sido muito bom, mesmo! Mas se continuar assim provavelmente eu vou te obrigar a assistir algum filme cult parado comigo. Ou não. Não quero que você faça nada que você não quer. Acho que no fim tudo que eu quero falar pra você é que eu estou feliz com você. Por favor não me magoe. Seja sincero comigo e obrigada por cuidar de mim todas as vezes que eu dou trabalho.

Beijos ju

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Floating out to wonderland

Eu estava pensando nas minhas tatuagens. Em como pra mim elas marcam épocas da minha vida. O coelho branco eu fiz a uns três meses. Eu falei só que era ele que levava ao país das maravilhas e por isso ele é muito legal. Eu gosto bastante dele, mas a verdade é que eu me sinto um pouco num país das maravilhas onde por tudo ser maravilhoso nada é deslumbrante. Me sinto perdida. Há um estranhamento pelas coisas erradas. Eu já nem sei quem eu sou. Acho que eu não acho estranho coelhos falarem que estão atrasados, mas coelhos de colete tirando relógios de bolso. Isso sim é motivo para estranhamento. Acho mesmo que eu não sou mais eu. Não lembro das coisas que aprendi quando era pequena. Talvez eu esteja virando a Mabel. Sim realmente ando perdida. Dizem que quando você não sabe onde quer chegar qualquer caminho te leva lá. Será? Tento descobrir nesse mundo maluco em que me meti. Dentro de uma lógica muito própria nada me faz sentido. Eis o nom sense não o surrealismo. Me disseram que são opostos com fins muito próximos. Talvez eu possa escrever sobre isso. Talvez eu chegue em algum lugar. Quem sabe volto pra casa ou mando um par de botas para os meus pés.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

22-

Alguém que você gostaria de dar uma segunda chance

He he he hey boy,

Quer provar pra mim que você é alguma coisa? Que é mais que um cartaz? Me diz a minha verdade. Me conta o final do conto do patinho feio. Para de me humilhar com os olhos, porque agora já não funciona. O seu é azul, mas o  meu não tem cor definida. Acho que eu cresci e você? Me mostra alguma coisa que valha a pena ou só me entretenha, mas venha.

juliana.

De cadência

Já a noite sentada na frente do espelho de lingerie pois-se a pensar na sua vizinha medíocre. Olhava suas olheiras. Não era assim antes. Tomou um remédio pra dor de cabeça e ascendeu o cigarro. Era assim toda noite. Deitou numa almofada. Suspirou. Voltou a se encarar no espelho. Como ela era pouco. Era triste se ver assim e pensar com veneno amargo na boca que ela precisava de alguém menor em quem pudesse subir, se apoiar e voltar a ser o sorriso que era.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

21-

Alguém que você julgou pela primeira impressão

Desculpa, te confundi com outra pessoa...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Te vi de novo

Eu não pedi pra você ir, mas eu não tinha como fugir. Eu sabia que estaria lá. Mesmo assim fui. Não foi fácil ir. Me tomou alguma horas diante do guarda-roupas e do espelho, mas chegou uma hora em que tantas coisas me faziam desistir de ir que eu nem lembrava mais de você. Na verdade lembrei pouco de você. Só pra me vestir com uma roupa que você gostava e pra treinar uma cara de não ligo estou contente. Tinha tanta gente, tanta gente que eu não vi, tanta chuva, nessas horas você não era nada. Só voltei a te lembrar quando já estava lá. Você fez questão de sentar na minha frente ou foi só uma conhecidência? Você não é da cor da cadeira. Eu vi que você era você, mas vi seus esforços pra sumir, então fingi que você era. Só concordei com você, como de costume.
Foi bom te ver com um sorriso enquanto você fingia que não. Tem coisinhas que dizem muito ao meu respeito. Ao seu não, mas nos vemos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vem?

"Eu vim. Você tinha pedido"
"Eu queria te ver mais um vez"
"Aconteceu alguma coisa?"
"Eu fiquei com saudades. Já não lembrava como você era"
"Talvez você devesse tentar esquecer"
"Eu deveria muitas coisas. Dever é difícil. Eu só sinto"
"Olha, eu to meio sem tempo"
"Na nossa separação todo tempo ficou comigo."
"Ouve, as coisas só mudam. Você não pode mais viver isso. Já faz tempo demais. Inventa outra história. Você gosta tanto disso.
"Só estou procurando uma inspiração"
"Não vai demorar"
"É, eu tenho tempo. Vou me apresentar amanhã. Vem?"
"Vou tentar. Já vou agora. Adeus"

Ele não iria. Tinha agora um compromisso com outro par de pernas. Não que aqueles olhos tivessem deixado sua mente para sempre, mas é assim que as coisas devem ser.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

20-

Quem partiu seu coração


"O coração perdoa,
mas não esquece a toa"

Você é muitos e eu nem conheci todos. Não acho que alguém tenha se destacado nesse feito. Claro que alguns foram bem piores que outros, mas agora tanto faz. Ando cada vez mais amargurada e culpa é de vocês sim. Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor. Não faz mais sentido diferenciar vocês. Todos moram em alguma gaveta destinada as minhas memórias. O que eu não aprendi é a lidar com o coração que ficou em mim. Já não espero nada de ninguém e ainda espero alguém. Ando mesmo feito gato assustado pra não confiar em ninguém. Não queria que fosse assim. Já não consigo por a culpa em ninguém além de mim, mas é assim. Quem sabe alguém desquebre um dia. Bicho arisco quando domesticado esquece o risco. Por isso não vejo motivo pra ficar com ela, você ou ninguém, pois sozinho eu vou muito bem

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Auto-retrato

O ocorrido realmente machucara ela. Não derramou uma lagrima, mas sua tristeza era evidente. Passou alguns dias sem que ninguém a visse. Reapareceu agarrada a um álbum de fotografias e dele nunca se desfez. Só sorria quando o folheava. Seu sorriso era só um sorriso de pose de fotografia. Com o tempo mantinha ainda a juventude, mas era pior. Sua imagem se mantinha como um retrato velho. Congelada em si mesma ela era como o álbum. Uma recoradção do que já fora, congelada, permanecendo para não deixar que esqueçam do que se passou. Ele era apenas uma lembrança de si mesma.

19-

Alguém que importuna sua mente para o bem ou para o mal

Pessoa-que-talvez-leia-e-eu- não-quero-que-saiba-que-é-para-ela-apesar-dela-provavelmente-desconfiar-e-que-não-é-a-mesma-do-outro-19,


"Você me chora dores de outro amor,
se abre e acaba comigo 
e nessa novela eu não quero 
ser teu amigo". 

Beijo ju

19-

Alguém que importuna sua mente para o bem ou para o mal

Nesse caderno sei que ainda estão
Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite em paz
Eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

De Vagar

Tudo o que eu escrevo é sobre fugir. Nem sei de onde ou do que. Só não caibo nessa concha. Nem acho que eu seja nada. Aliás nem sou, mas não caibo. Como fico? De novo não fico. Finjo que não existo. fecho os olhos porque não quero ser vista. Me desespero e me digo calma. Afinal estou calma, sim. Só não tenho pra onde ir então finjo fugir para achar qualquer caminho pra chegar lá sem ter lá, Sol.

Castelos

Ana embaralhava as cartas concentrada. Artur olhava de longe desinteressado.
"Você realmente acredita que essas cartas vão te dizer alguma coisa?"
"Eu só quero tomar uma decisão."
"Você conseguiria sem as cartas"
Ela lançou-lhe um olhar de reprovação e voltou as cartas. Colocandos em leque sobre a mesa ainda sem revelá-las.
"O que você precisa decidir?"
"Eu não quero te falar."
"Você pode pensar sobre isso. Achar uma solução lógica."
"Essa é muito fácil de achar, mas eu não gostei dela."
"Então vai acreditar numa coisa mística? Assim? Fácil. Você não quer assumir as coisas? Você tem que enfrentar isso."
"Eu só quero um conselho. Um outro jeito de ver as coisas."
"Fala o que anda te incomodando."
"Eu não posso falar pra você"
"Por que?"
"Escolhe uma carta." Ana apontou para as cartas arrumadas na mesa.
A voz de Ana ecoava em sua cabeça. Se lembrou de muito tempo atrás. Quando andava metido a fazer mágica. Fora assim que conheceu Ana. Conhecido em comum os levaram aquele jantar chato. Para diverti-la tirou o baralho do bolso.
"Escolhe uma carta."
As firulas de sempre e ele descobria a carta dela. Era tudo um truque. Todos sabem que é. Mesmo assim chama de mágica e esperam que alguém se impressione, mas ninguém finge que acredita. Pedem para que repita para tentarem desvendar o truque. Ela não tentou adivinhar. Só sorriu e disse "Acertou". Logo mudaram de assunto e até que encontraram assuntos. Assuntos que acabaram por construir o carinho entre eles, porém o tempo todo em que estivera com ela nunca a vira com o tal baralho de tarot. Nem imagina que ela pudesse acreditar nisso.
Artur separou a carta, mas não revelou qual era.
"Você não respondeu, Ana, acredita mesmo nisso?"

"Não sei, às vezes sim às vezes não"
Artur já não entendia mais nada. Ela continuou a falar.
"É como você respondendo se acredita em Deus, mas é como se eu num quisesse me perguntar o tarot funciona ou não. Pra decisão que eu quero tomar tanto faz qual caminho eu tomo. Eu só quero escolher um. Cair pra qualquer dos lados do muro. O que eu não aguento é que as coisas continuem como estão"
"É como jogar cara ou corou fazendo um acordo com si mesmo. Se der cara eu mato ele se der coroa ele continua vivo."
Agora Ana que não entendia
"Era um vilão do Batman."
Ele espera qualquer reação dela. Curioso para ver qual seria, mas torcendo para que não o reprovasse. Ela sorri.
"Mas as cartas de tarot num dizem nada concreto. Você completa com a sua interpretação delas. Vira a carta"
"A morte"
"Não é ruim como você deve estar pensando. Ela significa recomeço. As coisas precisam morrer para poderem renascer. Essa carta só é ruim pra quem teme mudanças."
"Te responde alguma coisa."
"Sim, mas acho que eu já tinha decidido antes."
Ana foi embora naquela noite. Quando Artur se deu conta pensou que deveria ter pedido para que ela repetisse o procedimento, mas com a impressão de que não importava a carta que virasse. O final ainda seria o mesmo. Não eram mágicas, apenas truques e exepectadores fingindo acreditar.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estacionei no número 19.
Acho que eu até queria alguém importunando minha vida mente para o bem ou para o mal, mas todos são meio indiferentes pra mim.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amor só é bom se doer

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

18-

A pessoa que você gostaria de ser

Acho que eu não gostaria de ser ninguém que eu conheço. Tendo que escolher alguém seria eu mesma, mas se pudesse escolher como eu seria mudaria várias coisas. Cresci achando que eu era um monstrinho verde. Obrigada colégio santa cruz por essa visão. Nessa época se me perguntassem o que eu mudaria seria o meu corpo. Depois que eu entrei na faculdade acho que me convenceram que eu sou uma menininha bonitinha, mas eu juro que eu sinto falta de ser um monstrinho. Quando eu era um monstrinho eu tinha que ter algo de atraente, então eu acho que era uma pessoa muito mais inteligente e com uma conversa muito mais legal. Acho que agora ando bem menos interessante. E ta aí a vida me fazendo me sentir assim todo final de semana.
Quando eu era um monstrinho acho que eu era muito mais segura também. Eu ligava pra muito pouca coisa. O que consegue piorar a condição de monstrinho? Acho que se eu pudesse ser alguém seria aquele monstrinho que eu acho que eu era. Por falar as coisas certas, ir ao lugares e com as pessoas certas, não ter medo de quebrar a cada passo que eu dou.

domingo, 19 de setembro de 2010

17-

Alguém da sua infância

Você durou bem mais do que só a infância na minha vida. Minhas recordações de você são engraçadas. Lembro de um dia que eu fiz um desenho pra te dar e você não quis. A gente tinha uns três anos. Lembro que depois disso a gente foi namoradinho pouco depois, mas eu te troquei e num te contei. No pré a gente dançou quadrilha junto, mas foi porque a professora não me deixou dançar com o Tomás já que a gente tinha dançado no ano anterior. Depois com uns dez anos resolvi que você era minha paixãozinha.
De todos os personagens que eu inventei pra minha vida você é com certeza um dos mais marcantes. Não sei como você está agora pra mim é como se você continuasse sendo todos esses que eu falei. Eu tenho medo de você. Eu resolvi te lembrar, mas eu não sei o que você lembra de mim. Acabo assumindo que você nem lembra de mim e se lembra é como aquela figura esquisita que eu era das ultimas vezes que a gente se trombava a uns pelo menos três anos. Bom eu mudei. Queria que você me visse. Queria que você nunca fosse muito longe porque eu preguei em você várias coisinhas do meu passado que eu achei que ia esquecer. É tão gostoso te escrever e lembrar de tudo. Como você fez parte de umas vidas que eu não lembro muito. Acho que ainda te amo.

Beijos Ju

sábado, 18 de setembro de 2010

16-

Alguém que não está no seu país

Dessa distância pouco me importa. Já antes disso só recebia mensagens esparsas e ficava sozinha tentando montar quebra-cabeças e inventando como anda a sua vida.

Noites iguais

Acordo e já é dia. Acordo com frio. Ele está do outro lado da cama. Ainda dorme. Fico grata que ainda durma, mas quero ir embora. Ir antes que ele acorde. Não quero mais olhá-lo nos olhos, mas não posso ir. Fico então deitada na cama, nua, com frio e quase sem dinheiro. Não posso por a roupa que ela amassa na cama. Não posso sair com a roupa luz do dia. Não posso sair nua. Se quer posso sair. Nem as chaves sei onde estão.
Tenho que esperar o estranho despertar e então decidir o que faço. Arrumar um jeito de chegar em casa. Comprimentá-lo cordialmente e quem sabe não mais  vê-lo.

15-

De quem você sente mais falta

Pe,

Mais que sentir sua falta sinto falta de como eu era quando estava com você e isso eu sei que não volta nunca.

Formas

Tem sido recorrente ouvir a metáfora daquele brinquedo de criança com formas geométricas que os ignorantes tentam encaixar o triângulo no lugar do quadrado e não da certo. Eu me sinto assim. Acho que eu desencaixei do lugar de antes mudei de forma e esqueceram de fazer um lugar novo. Me sinto um bebê bobo tentando encaixar o quadrado no lugar do triângulo.
Me disseram que apesar de comum tudo isso está errado. É verdade, mas a gente continua achando que deve ser um forma geométrica com um lugar pronto pra gente e não que nós moldamos nossos lugares enquanto eles nos moldam.
O problema é que no fim eu me sinto nada. Não tem nenhum lugar que eu considere meu o suficiente para querer mudar e deixar que me mude. Nada me interessa o suficiente pra deixar fazer parte da minha vida. Enquanto isso eu reclamo que nada faz parte dela e por isso eu não gosto dela. Continuo me vendo tentando colocar o círculo no lugar de hexágono. Não caibo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

14-

Alguém que você se afastou


A gente já se viu muito. Você foi importante por estar comigo na fase em que eu estava crescendo. Muito do que eu sou começou nas nossas conversas. Não aconteceu nada além da vida para não nos vermos tanto. Por mais distantes que nossas vidas sejam é uma distância estranha. Quando eu te trombar eu sei que vou te contar toda a minha vida com mais detalhes e mais segredos do que eu conto. Você é uma pessoa que por mais longe que esteja nunca vai embora.
Meu interesse por cinema, por rock, meu cigarro, minha nostalgia por cigarro de cravo. É tudo sua culpa.
Não tem como ir embora tão fácil

domingo, 12 de setembro de 2010

Deixa Estar

Tó Brandileoni

nunca vi chorar tanto por alguém que não te quis
deixa estar que ele vai voltar
louco pra te ver então verá
que você cresceu e apareceu
tem seu lugar e hoje esta louca pra sair
sem saber que horas vai voltar

quero mais é te ver na pista da vida dançando sem parar
quero mais é sumir com as pistas de onde ele foi parar
quero mais é te ver na pista da vida dançando sem parar
eu quero mais é sumir com as pista de onde ele foi parar

se ele não ligou nunca te escreveu
não vai prestar
chega aqui que eu vou te falar
o que você sempre quis ouvir
deixa isso pra lá
que cê não pode é ficar assim
põe um fim ele vai voltar
louco pra te ver então verá

quero mais é te ver na pista da vida dançando sem parar
quero mais é sumir com as pistas de onde ele foi parar
quero mais é te ver na pista da vida dançando sem parar
quero mais é sumir com as pistas de onde ele foi parar

Nunca vi chorar tanto por alguém que não te quis
deixa estar

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

13-

Alguém que você gostaria que pudesse te perdoar

Pessoa-que-magoei-e-que-não-me-perdoou,

Consigo pensar em uma série de mancadas que eu dei, mas acho que eu tento consertar elas. A maioria eu acho que eu num consigo. Acho mesmo que todos os meus amigos tem motivos pra guardarem ressentimentos, mas, acho que por serem amigos as coisas já se resolveram e se não se resolveram eles podem como amigos tentar resolver, falar que não está certo, gritar comigo, me bater, o que for fazer com que se sintam melhor. Então amigos, desculpa mesmo pelas minhas mancadas, mas me ajudem a consertar isso porque vocês são realmente importantes pra mim e eu num quero que as coisas sejam assim!!!
Se você não é um amigo, mas eu fiz algo que te ofendeu ao ponto de você não pensar "ah, ela é babaca" e continuar a sua vida e ao invés disso guarda rancores eternos e bola planos mirabolantes pra acabar com a minha vida como não me convidar pra sua festa de aniversário ou me bloquear no msn. Cara, desculpa, mesmo. Eu sei que eu não uma pessoa facíl de lidar, ainda mais se eu não me sinto confortável, mas eu estou tentando ser mais pacifica e amigável. Isso é difícil quando as pessoas pedem a sua crueldade. Enfim, desculpa, não consigo pensar em nada que eu tenha feito pra prejudicar alguém. Se você se sente mal comigo não guarde esse rancor. Deixa ele pra alguém que vale mais a pena. Se eu fiz algo que te incomodou venha falar comigo. Talvez eu tenha feito algo imperdoável e não saiba. Como beijar seu namorado, mas ele disse que estava solteiro! Se eu fiz algo imperdoável, mesmo assim eu peço desculpas e falo de novo que eu não queria o seu mau mesmo e também não acho que o lance do namorado seja imperdoável, mas se eu fiz alguma outra coisa grave de verdade, ainda assim acho que você deva conversar comigo e perguntar porque eu fiz isso. Se eu não tiver um bom motivo tudo bem guardar rancor eterno e não me chamar pra festinha, mas eu sou vingativa, então não se vingue muito se não eu também vou me vingar. Ou não, mas melhor deixar meus inimigos imaginário ou invisíveis intimidados.

12-

Quem te causou muita dor

Pedro,

Escolhi escrever pra você porque foi uma das poucas pessoas pra quem eu disse eu te odeio. Fico muito feliz que agora nos demos bem, apesar de não nos falarmos muito. Acho que você só odeia uma pessoa quando ela é realmente especial. Tão especial que ela faz com que você perca tempo com uma coisa tão estúpida quanto odiá-la. Foi esse o meu caso com você. Eu gostava muito de você. Eu confiava muito e de repente você foi embora e mesmo assim eu tinha que te ver todo dia. É muito difícil aguentar um desprezo assim. Era como se eu fizesse mil coisas pra ser notada e você não ligasse. Eu era nada pra você e você não sabe o quanto isso dói. Dói isso e dói saber que você abriu mão de mim por uma coisa tão idiota. Eu era menos que nada pra você e você tinha sido muito pra mim. Doeu bastante mais do que você imagina.
Hoje nos damos bem, sim. Depois do meu riso silencioso e sádico de ver você perdendo ela, mas acho que não foi isso. Com certeza não foi isso. Voltamos a nos dar porque você deixou de ser especial como era pra mim. Acontece isso com as pessoas que não são especiais. Carinho fica, tanto que ainda lembro de você pra escrever uma das cartas, mas acho que fica um carinho meio saudoso do Santa que eu sinto por muita gente não o do meu melhor amigo com a cueca de oncinha. As pessoas mudam né? Melhor assim.
Ah, e tenha certeza que apesar de tudo espero que esteja bem e estou torcendo muito paras coisas darem certo. Ainda tem algum carinho. A gente se tromba na FFLCH ano que vem^^

Beijos Juliana

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aca

Eu não costumava gostar muito de viagens. Ultimamente tenho gostado bastante. De novo dessa vez não fujo de nada. Na verdade por um lado até quero voltar. Preciso arrumar meu quarto, mas tenho gostado muito daqui. Por estar sozinha a maior prate do tempo faço o que quero. Acho muito chatas essas obrigações de turista. De tudo que você deve ver. Nessas inclusive andei duas horas pra ver coisas tão nada demais.
No fim gostei daqui, mas agora só vejo as coisas que eu quero ver. Acho que o que eu mais gostei mesmo foi sentar na praça e ficar lendo. Acho mesmo que sou uma péssima turista, mas estou adorando minha viagem. Ah, também sou péssima fotografa, como provarei em meu após meu regresso.
O que mais me incomoda aqui é não conseguir me comunicar. Talvez se eu tentasse falar inglês direto e as pessoas entendessem seria mas facíl. Espanhol de verdade eu não sei nada e além de ter vergonha e achar portunho horrível, eu ainda misturo com francês que eu também não sei, mas um dia soube. Resumindo: Fico quieta e falo si, gracias e un café.
O mais legal daqui é que quando quieta eu não pareço turista! Se viessem falar em ingles com você em Parati, em Jericocoara e em Floripa você ia saber como eu fico feliz de não parecer gringa em algum lugar. Mesmo que nesse lugar eu seja. Pior é que agora além das pessoas me pedirem informação na rua eu já sei responder pra elas. Quando isso aconteceu achei melhor pegar o onibus e ir pra outra cidade.

sábado, 4 de setembro de 2010

Um dia inventaram uma arte contemporânea e poesia concreta. Eu parei no Jovem Werther.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

11-

Uma pessoa morta com quem você gostaria de falar

Querido Kurt,

Em primeiro lugar sinta-se muito especial por essa carta ser dirigida a você e não ao Jim Morrisson, apesar de ser ele o meu futuro marido. Eu sei de novo que eu deveria ter escolhido de novo alguém mais importante como o Lenin, o Napolão, Marx, Gandi, mas na minha vida particular você teve muito mais importância. Deixo eles para os meus futuros trabalhos que na maioria das vezes eu não pretendo fazer.
Sobre nós dois. Seu poster morou na porta do meu armário por uns dos meus 12 anos aos 15 mais ou menos. Naquela época eu já tinha decidido casar com o Jim Morrison, mas eu tinha vergonha de pendurar a foto de um cara sem camisa no meu quarto. Eu já sonhei com você e já falei sozinha me dirigindo a você. Foi muito útil obrigada.
Com certeza muito mais do que sua imagem o que fica é a música. Nirvana é uma banda muito esquisita. Deve ter sido uma das primeiras bandas de rock que eu ouvi, logo me introduziu a esse mundo que na minha pré-adolescência foi realmente importante pra eu achar um lugar meu. Eu sei que tem bandas infinitamente melhores, mas Nirvana é diferente. Tem horas que eu penso, ah agora eu ouviria Nirvana. Isso num acontece muito com outras bandas. Com Led Zeppellin eu acabou ouvindo e pensando caralho isso é genial. Nirvana não, eu simplesmente fico com muita vontade de ouvir, apagar a luz, pular e gritar. Outras vezes eu só tenho vontade de ouvir.
No geral você me deixa feliz. Não sei se eu realmente teria algo pra falar a você, mas com certeza eu ia te dar um abraço. Acho que eu sou realmente estranha....

10-

Alguém que você não fala tanto quanto gostaria

 Pessoa que eu encontro por acaso no metrô e eu vergonhosamente não lembro o nome,


É muito bom te encontrar no metro, assim, acho que só te encontrei umas duas vezes e encontrei mais umas vezes em lugares aleatórios, mas é legal te encontrar descendo do onibus antes de você subir. A última vez eu estava num dia tão frustrante e com o pé machucado. Sei lá é gostoso encontrar um conhecido assim do nada.
Eu sei quase nada de você, sei pelas conversas na porta do Rio Pequeno - Vila Madalena, mas elas são sempre rápidas. Sei também por amigos, mas seria legal um dia conversar de verdade com você. Saber o que você acha das coisas não só saber como foi o seu dia na faculdade e te contar o meu.
Mas são acasos...
Talvez um dia a gente se fale mais. Converse e descubra mais um a respeito do outro. Acho que é o único jeito de conhecer melhor alguém. Mesmo assim encontrar um rosto conhecido no ponto de ônibus é animador^^

Beijos Ju

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Se é assim quero sim... Acho que vim pra te ver

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Like a Virgin

Estava lembrando de quando eu era uma menininha. De ser tão insegura. De procurar um jeito de ser assistindo cantoras na TV. Foi quando grudou na minha cabeça que a gente é um pouco princesa e que no baile de formatura você de repente fica linda e o príncipe aparece. Lembra quando você ia pra banca 5a feira pra comprar capricho nova?
Cresci. A formatura? Eu estava bem bonitinha, mas nos filmes elas não são regadas a whisky. Eu gosto da minha pose no fim. Me acho melhor que qualquer cantora pré-adolescente. Mesmo assim elas cantam melhor.  Eu ainda não sei passar delineador. As revistas podem falar o que elas quiserem isso é impossível. Também tenho pavor de curvex!
Problemas com maquiagem a parte, no fim sou mais feliz comigo do jeito que eu to agora. Eu também aprendi que o príncipe encantado não existe ele é um invenção maléfica da Disney pra controlar a população feminina, vender Barbies, lancheira das princesas e posteriormente revistas femininas e comédias românticas.
Tá, eu não falei nada que vocês não soubessem. Só queria lembrar que você esquece isso tudo quando aquela pessoa te olha daquele jeito...

9-

Alguém que você gostaria de encontrar:

Fábio Moon e Gabriel Bá,
Comecei a escrever para vocês para escrever a alguém que eu gostaria de conhecer. Acho que eu não consigo sonhar muito alto e querer escrever pro Obama mudar o mundo (até porque eu acho que ninguém tem esse poder) e eu não gostaria de encontrar Deus. Seria assustador demais.
Bom, imagino que um dia eu talvez até encontre vocês, acho que vocês moram ou ao menos frequentam perto da minha casa na Vila. Resolvi escrever pra dizer que eu admiro o trabalho de vocês! É tão sensível. Eu realmente me identifico com as tirinhas de vocês. A que eu mais gosto é a da coruja falando que a festa acabou. Nos sábados eu ignoro a manchete e abro primeiro os quadrinhos. Às vezes eu tenho vontade de fazer isso todos os dias, mas eu tenho menos desculpas e me ensinaram que é importante ler o jornal, mesmo com desinteresse. 
Eu não entendo nada de quadrinhos. Os únicos livros que eu tenho assim são Persepolis e um de tirinhas do Garfield. Alias eu gosto muito dele, é engraçado. Eu não acho que quadrinhos deva ser um gênero que nem as livrarias acham, porque são coisas muito diferentes, é mais uma maneira de se expressar como cinema ou literatura. De novo eu não intendo nada eu só acho.
Eu queria mesmo aqui era demonstrar a minha admiração, não conheço muito o trabalho de vocês além das tirinhas na folha e no blog. Li o Alienista em quadrinhos, também gostei muito! Vou atrás de mais coisas, mas continuem assim que vocês animam minhas ressacas no sábado de manhã. Me fazem sorrir. As que eu gosto mais eu recorto e depois guardo no meu diário.
Parabéns!!!

Beijos Ju

sábado, 28 de agosto de 2010

7-

Seu ex-namorado:

Oi Pe,

De todas essas cartas essa deve ser a pior de todas. Não digo que é a mais difícil porque eu escrevi várias sem ter o que dizer. Não é o seu caso, mas a sua é sempre pior. Eu não sei das milhões de coisas que eu tenho pra dizer o que eu devo dizer. Eu tenho muito medo do que você pensa de mim. Eu te admiro muito então eu quero que você me aprove.
É tanta coisa que eu comecei o caderno amarelo me dirigindo a você. Ainda escrevo ele pra você, mas antes era mais pra me justificar. Agora é só um interlocutor que eu gosto de dividir minha vida. O caderno amarelo é como o verde que eu te dei, só que ele é escrito inteiro em azul e ele é menos bobo e apaixonado. No fim eu gosto mais dele, mas eu gostava mais da minha vida no verde. 
Acho que eu não vou te dar ele, já não faz mais sentido. Ele pode ser só uma forma de ainda me prender a idéia que tenho de você, mas essa idéia eu não quero perder nunca. Continuo acreditando em histórias incríveis e maravilhosas, torço por elas cada vez que vejo um sorriso no rosto de uma amiga ou amigo, mas desacredito nos contos de fadas ao meu respeito. Acho que eu já tive o meu.
Não sei se aqui eu escrevo pensando nesse personagem que eu inventei para você ser na minha história ou se é pra você mesmo. Na veradade acho que nem te conheço mais. Como você está? Lembra da caixa laranja? Eu sei que é muito chato, mas eu vivo me perguntando o que de mim ficou em você ou como você me vê.
Muitas vezes eu fui muito chata com você. Tudo porque eu tinha muito medo de me afastar. No fim você me afastou e talvez tenha sido até melhor. Eu mudei muito. Não muito do jeito que eu gostaria. É como eu falo: Quando eu termino com alguém eu procuro ser tudo que ele não queria que eu fosse.
Acho que você era responsável por me manter sã e salva o que tem sido difícil ultimamente.
Ainda não sei como você gostou de mim por tanto tempo. Mesmo. Acho que ninguém nunca mais vai gostar. Eu também num consigo gostar de mais ninguém nem querer nada de muito mais. Eu sei que não vai ser como a gente e eu sei que a gente nunca mais vai ser como no caderno verde, mas é bom saber como as coisas podem ser boas.
Tem mais milhões de coisas que eu talvez quisesse te dizer. Quem sabe não te dou o caderno amarelo falando de tudo mesmo que você não leia. Ah, um pedido: Termina de escrever o verde. Escreve agora a tua história.



Beijos Ju
Esqueci que pessoas não voam só despencam

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

6-

Um estranho:

Querido leitor,
Se você não me conhece não vale a pena que eu me apresente. De que adianta saber meu nome nome ou o que eu faço. Isso também não faria com que você me conhecesse. Te incomoda falar com um estranho? E você quem é? Você se apresentaria a um estranho? Como? Bastaria dizer seu nome e a sua profissão?
Eu acho que as pessoas são muito mais que isso. Quando conheço alguém nunca digo o meu nome, só uma silaba, não gosto dele. Inclusive eu escrevo usando um pseudônimo, mas eu sempre digo feliz o que eu faço da vida. Pensando agora eu costumo dizer que não tenho certeza se é isso que eu quero, mas acho que sou feliz a ponto de me apresentar assim. Você gosta do que você faz? Isso diz alguma coisa sobre você, mas você gostaria que dissesse?
O que mais você diz. Tem gente que acredita que é o que consome. É difícil não fazer isso. Digo oi eu gosto de rock e chocolate branco. Significa que você consome isso, mas o que você não consome?
Entramos numa conversa clichê, mas é difícil ter conversar que não sejam assim com um desconhecido. Quer falar sobre o tempo? É uma conversa que você pode ter no metro ou no elevador, pois não revela nada de você. Simplesmente se diz "como esfriou hoje". Não importa se você gosta ou não do frio. Importa é como está. Normalmente nessas conversas todos tem o mesmo ideal aquele dia 21ºC ensolarado. Não quente, não frio, não chuva. Por mais que você goste de sair de havaiana no calor, de acender a lareira no frio ou de tomar chuva no elevador você prefere dias perfeitos pra não revelar nada pra velinha que vem puxar conversa no ponto de ônibus.
Por que a gente não gosta que saibam quem a gente é?
Quem é você?

Atenciosamente,

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

5-

Queridos sonhos,

 É difícil saber aqui a quem me refiro, uma vez que posso estar falando dos meus projetos que quero ver realizados ou de coisas malucas que acontecem a noite e só comigo. Prefiro conversar com manisfestaçoes do meu inconsciente, mesmo sabendo que elas não curtem muito isso.
Eu tinha começado a escrever a carta pensando em como fazia tempo que eu não lembrava de vocês, mas ontem tive uns sonhos loucos. Enquanto eu dormia gostei deles. Quando acordei alguns detalhes me incomodaram um pouco.Inconsciente que me conhece mais que eu gostaria e ainda me provoca.
Ontem eu vi a figura do Goya "O sonho da razão produz monstros". Acho que eu nunca tive muito medo de vocês. Me incomoda sim, mas também é parte de mim. Eu me conheço pelo reflexo de vocês. Algumas vezes eu até torço pra que o mundo fiquei mais como um sonho. Assustador sim, mas seria diferente, inusitado, não seria chato como as coisas na maioria das vezes são.
No fim até que eu gosto de você eu-que-eu-escondo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

4-

Seu irmão: (puxa poucas cartas hein¬¬)

Bu,
É muito estranho te escrever porque eu não te imagino lendo. Te imagino dizendo "ah tá" e largando a carta de lado, mas não custa tentar, né?
Acho que a gente não se conhece. Os dois são quietos e nós fomos muito diferentes. Estamos menos agora, mas ainda temos muitas diferenças. Mas às vezes eu queria saber um pouquinho mais da sua vida. Que eu não faço idéia do que acontece e você mora na mesma casa do que eu. O que eu sei eu fico sabendo pelos meus amigos que acabam esbarrando em alguma coisa sua, mas eu acho que se eu tivesse uma irmã mais velha eu também num me sentiria a vontade de contar qualquer coisa para ela.
Desculpa por não te deixar assistir Lost em paz por perguntar o tempo todo o que estava acontecendo, mas eu realmente num tenho essa sua paciência pra seriado, videogame ou a maioria das coisas que você faz.

C'est ça,
Ju

_____________________________________________________________________

Bi,

Eu realmente não sei o que escrever pra você. Mesmo! Acho que vou aproveitar pra lembrar que você me deve um template.
Obrigada pelo seu carinho Bi. Você é um puta irmão.

Beijos,
Ju

____________________________________________________________________

Dé,

Talvez eu esteja te tratando de um jeito muito mais ou muito menos infantil do que eu deveria, mas é difícil, pô! Eu sou 8 anos mais velha. é muuuuiiiiiiittttttoooooooo tempo. Eu não sabia o que mais escrever então resolvi te mandar um yoshi:





Beijão,
Ju
 __________________________________________________

Irmã,

Eu também precisava escrever uma coisa pra você.
Mas eu juro que escrever essas cartas ta sugando o meu cérebro. Eu nunca sei o que escrever pra ninguém. Eu fico esperando que escrever pros meus sonhos ou pro meu reflexo no espelho seja mais fácil, mas na hora eu vou dizer queridos sonhos, não sei o que escrever.
Bom sonhos me lembram você. Aliás muitas coisas me lembram você. Acho que contrário também é verdade. Você é muito especial mesmo irmã! Mesmo que agora a gente se veja pouco.
É estranho, mas acho que os blogs no fundo deixam a gente meio a par uma da vida da outra. Mesmo assim eu prefiro te encontrar e tomar um café. Faz tempo que não fazemos isso!
Ah, falando no meu blog você foi a primeira pessoa a entrar nele! Pelo menos até onde eu sei... E eu fiquei feliz de você ter gostado do meu texto pro cucafu(n)dida e do meu pseudônimo^^
Aliás, você normalmente me deixa de bom humor. Isso é raro nas pessoas.
Bom, você é minha irmãzona!!!
Espero que cada vez mais coisas me lembrem de você. Digo, que tenhamos mais lembranças e sonhos pra compartilhar. E dias de irmã também!!!
Desculpa os erros ortográficos e gramático. Eu sei que você odeia eles, mas pra mim são irresistíveis.
Nossa acho que minhas cartas são todas meio iguais, mas a sua está ficando ainda maior, porque, apesar d'eu não ter muito pra dizer eu sinto como se eu pudesse falar o que eu quiser sem parar. Um dia eu vou me equilibrar na minha cabeça e perguntar se você consegue fazer isso. Enquanto isso eu só fico falando coisas aleatórias.
Ah, você tem que ir pra FLIP ano que vem! Você é essencial pro nosso imã!!!!
Bom, nem faz muito tempo que eu não te vejo, mas eu já estou com saudades. Que bom que essa semana tem sessão onírica. Acabei de lembrar que eu preciso lembrar meus sonhos.
Irmã deixa eu parar antes que escreva um livro inteiro sem nexo.

Beijos sua irmã^^

P.s. Era para a sua letra ficar roxa, mas ia confundir com o resto do meu blog, mas finge que é roxo tá?
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Reflitam

se a carapuça servir meus caros....

Dancing Shoes
Arctic Monkeys



Get on your dancing shoes

There's one thing on your mind

Hoping they're looking for you

Sure you'll be rummaging' through



And the shit, shock, horror

You've seen your future bride

Oh, but it's oh so absurd

For you to say the first word

So you're waiting and waiting



The only reason that you came

So what you scared for?

don't you always do the same

It's what you there for, don't you know



...the lights are flashing

Down in here tonight

And some might exchange a glance

But keep pretending to dance



Don't act like it's not happening

As if it's impolite

To go and mention your name

Instead you'll just do the same

As they all do, and hope for the best...



The only reason that you came

So what you scared for?

Well don't you always do the same

It's what you're there for but no



Get on your dancing shoes

You sexy little swine

Hoping they're looking for you

Sure you'll be rummaging through



Oh and the shit, shock, horror

You've seen your future bride

Oh, but it's oh so absurd

For you to say the first word

So you're waiting and waiting

Sobre essas malditas cartas

No começo me pareceu uma idéia genial fazer entrar nessa brincadeira. Agora já não parece tanto assim. Talvez sejam as primeiras pessoas. Digo parece mais legal escrever pra alguém morto, alguém que você gostaria de encontrar, seus sonhos... Como eu escrevi nas próprias cartas pra Fi eu não tinha mais o que falar e pros meus pais eu não queria falar e num ia ser uma carta que ia me fazer falar. Não que eu tivesse alguma coisa, mas que eu me sentia realmente desconfortável, mas acho que mesmo o silêncio já diz muito sobre mim. Talvez mais do que as palavras, então acho bem valido se lançar nessas cartas pra pensar sobre mim mesmo, só acho que pra vocês não deve ser muito legal ler, mas enfim, prometo cartas mais legais daqui pra frente, desde que pra pessoas que eu tenha menos medo de escrever e me solte mais.
Sou mesmo daquelas pessoas que prefere anonimamente falar com uma tela de computador do que dirigir a palavra pra alguém. Nem sempre fui assim, teve uma época que eu escrevia meus diários pra pessoas, mas eram pessoas que eu confiava demais. Acho que eu num tenho mais pessoas desse jeito. Virei mais um bichinho assustado.

3-

seus pais:


Pai,
Acho que nossa relação já foi bem difícil. Acho que a adolescência é uma fase bem difícil para os pais muito mais do que para os filhos, mas é quando a gente abre as asas. Acho que é uma distância importante pra gente ter. Escolher quem a gente quer ser e saber fazer escolhas sozinho. Acho que você não morar em casa também contribuiu para isso.
Mas acho que eu cresci e temos nos dado bem agora. Isso é bom. Ainda assim somo bem diferentes, mas acho que também isso é bom. Essa carta é o contrário da outra que eu te escrevi. É bom poder mudar. Às vezes acho que você é muito rígido com os meninos, mas acho que com o tempo as coisas se ajeitam.
Fico feliz que tudo esteja dando certo.

Beijo Ju






Mãe,

Acho que é muito difícil escrever pra você. Se por um lado você é a pessoa mais presente na minha vida, por outro é a pessoa que eu menos quero que saiba algumas coisas. Isso é estranho.
Eu te admiro muito por conseguir criar 4 filhos desse jeito. Eu não conseguiria, porque eu vejo você abrindo mão de muita coisa.
Fico muito feliz que você seja uma mãe compreensiva, bem mais que a de algumas amigas minhas. É bom, eu fico feliz de você apoiar as coisas que eu resolvo fazer. Mesmo que muitas eu largue pelo caminho, mas juro que não era isso que eu queria.
Eu fiquei feliz que você disse que achou que eu escrevo bem, mesmo você sendo minha mãe e elogio de mãe não contar. Pra mim contou.
É realmente difícil escrever para os seus pais. Acho que talvez eu prefira não dizer nada em cartas. Apesar de amar muito vocês eu não me sinto confortável falando alguma coisa por carta nem contando nada. Não sei explicar. Coisas de filha, mas se eu precisar falar alguma coisa eu sei que vou demorar uns dias e conseguir falar. Sempre foi assim.
Sem mais termino a carta assim.

Beijos Ju

sábado, 21 de agosto de 2010

2-

Queridos Destinatários, se vocês quiserem as cartas de verdade escritas a mão peçam que elas estão na minha carteira...



Uma paixão

Lê,

"Te pego na escola E encho a tua bola Com todo o meu amor
Te levo pra festa E testo o teu sexo Com ar de professor"- Cazuza- Faz Parte do Meu Show


É muito estranho escrever pra você. Minha insegurança é horrível. Fico meio pensando se depois de ontem eu ainda tenho esse direito. Já é a terceira que eu tento escrever. Eu tinha uma pronta, faltava só postar, mas aconteceu um monte de coisas e eu estou escrevendo uma nova agora.
Te escolhi pra escrever porque me propus a essa maldita brincadeira de escrever 30 cartas. Já me arrependi na segunda porque eu tenho muito medo de te dizer qualquer coisa. Te escolhi pra segunda carta, porque se eu tiver uma paixão é você e pronto.
Às vezes eu fico bem triste, porque eu acho que pra você num é assim. Nem faz diferença essa carta, mas você é muito especial pra mim. É especial de um jeito não muito convencional eu acho, mas você me mudou muito. Eu fico muito admirada com a sua confiança, por você ser assim estrovertido, saber o que você quer, ser sincero e seu bom humor.
Bom, eu num consigo ser assim, mas acho que eu aprendi a confiar mais em mim, tentar ficar mais alegre (eu juro que eu tento), gostar de mim. Mesmo assim eu nunca vou ser tão sociável. Eu gosto de ter poucas pessoas e especiais na minha vida. Eu num sei porque raios você foi uma delas, mas foi muito bom ter te encontrado naquela calorada e os últimos seis meses. Precisava de alguém que me ensinasse a ser um pouco mais assim eu acho.
Sabe Lê, acho que precisar de alguém é uma coisa muito forte. Acho que eu precisava da sua atenção quinta-feira e não tive. Não, eu não preciso de você, mas eu gosto muito de você. Eu sei que uma hora você ia ou vai cansar de mim. Eu sou carente e repetitiva. Ainda assim você é parte dessa minha vidinha.
E o mais importante pra você: Você pega bem.^ ^

                                                                                                                                              Ju

P.S. Quero que você seja livre antes de qualquer coisa, pois acho que é a coisa mais importante pra você. Eu fico triste, faço cara de choro, mas no fim fico bem. Have fun.

 A Maçã
Raul Seixas

Se esse amor ficar entre nós dois

Vai ser tão pobre amor, vai se gastar

Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais


Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar


Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

1-

Seu melhor amigo:

Fi,


Sabe, quando eu li no "30 letter project" best friend eu pensei em você muito pela falta que a sra. faz. Eu não posso te ligar pra gente tomar café ou assistir um filme e depois eu perguntar o que você achou. Te admiro o suficiente pra levar sua opinião muito em conta. Se fosse outra pessoa eu provavelmente perguntaria menos ou ouviria menos a resposta. Também nas férias você fez uma falta terrível.
Depois de resolver que ia ser você eu pensei no que eu tinha pra te dizer.
Talvez eu não tenha nada mesmo. Talvez você já tenha ouvido tudo que eu tenho pra contar. Dai eu pensei que eu podia dizer como eu te vejo, mas acho que mesmo isso você já deve ter ouvido de mim. Escrevendo pra você cheguei a conclusão que falo de mais. Também acho que te ouço pouco, mas quem te ouve muito? Você gosta de ser um pequeno mistério. Acho mesmo que você é um tigre solto na jaula assistindo o jardim zoologico do mundo.
Pensei em uma coisa legal pra te dizer. Se eu tivesse que te colocar numa literatura você seria o realismo do Machado de Assis. Acho que pra um autografo dele nós ficariamos na fila da Flip, ou não porque dai ele ia desprezar a gente. Seja como for você me lembra o Machado de Assis.
Também vou expressar aqui a minha invejinha da sua felicidade de quase se desgrudar desse mundinho e construir coisas só suas em campinas. Isso deve ser incrível. Fico feliz pelas suas conquistas, mas não esquece de voltar pra ver a gente e eu vou tentar encontrar um espacinho entre minhas ressacas e meus porres.
Mesmo você estando tão longe eu ainda acho que dos nossos amigos você é  quem foi por um caminho mais parecido com o meu. Talvez pelas humanas, talvez por gostos que nós tinhamos que os outros não. Vai saber.
Bom, como você viu eu não falei nada mesmo que você não soubesse, mas eu continuo com o meu dom de demorar muito pra num falar nada.
Acho que isso é só o aquecimento pras póximas que devem ser mais faceis, mas acho que o objetivo de um melhor amigo é não deixar nada por falar mesmo. Então fica aqui só a oportunidade de prestar homenagem.




Beijo Ju^^

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Velha roupa colorida

Acho que pelo primeira vez não vi o passado como uma roupa que não me serve mais. Acho que a maioria se vai invariavelmente, mas alguma coisa fica como uma tatuagem. Tem coisas que você gosta muito, mostra, que dizem como você é, que fizeram de você o que você é. Também tem aquelas que você deixa de querer, mas é impossível não levá-las com você e elas também são parte de você. Acho que o melhor é tentar achar algo que você gosta nelas, aceitá-las e seguir. Quem sabe modificá-la ou cobri-lá, mas de qualquer jeito não tirá-la. Seja o que for dói. Não se trata mais de outra pessoa e sim de o que você leva dela. Uma hora você se acostuma com isso no espelho e passa a prestar atenção em outra que te agrada mais. C'est la vie.

30 days letter project

Roubando a idéia da Vivi:


30 days letter project

Day 1 — Your Best Friend

Day 2 — Your Crush

Day 3 — Your parents

Day 4 — Your sibling

Day 5 — Your dreams

Day 6 — A stranger

Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush

Day 8 — Your favorite internet friend

Day 9 — Someone you wish you could meet

Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to

Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to

Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain

Day 13 — Someone you wish could forgive you

Day 14 — Someone you’ve drifted away from

Day 15 — The person you miss the most

Day 16 — Someone that’s not in your state/country

Day 17 — Someone from your childhood

Day 18 — The person that you wish you could be

Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad

Day 20 — The one that broke your heart the hardest

Day 21 — Someone you judged by their first impression

Day 22 — Someone you want to give a second chance to

Day 23 — The last person you kissed

Day 24 — The person that gave you your favorite memory

Day 25 — The person you know that is going through the worst of times

Day 26 — The last person you made a pinky promise to

Day 27 — The friendliest person you knew for only one day

Day 28 — Someone that changed your life

Day 29 — The person that you want tell everything to, but too afraid to

Day 30 — Your reflection in the mirror

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Em todos os caminhos inusitado que segui sempre esperei encontrá-lo ao dobrar a esquina. Ele nunca estava lá. Em nenhum dos lugares que visito em meus sonhos. Em nenhum dos becos que visito às noites. Em nenhuma das minhas surpresas nem nas esquinas que passo todo dia e pelas quais sinto um carinho especial.
Andando num lugar comum o encontrei. Ele, a mim, não. Não tinha sido como eu pensava todos os dias. Apenas vi ele passando naquele clichê com a malha de lã preta e um cachecol que eu não conhecia. Se confundia com todos os outros na multidão. Cabisbaixo sequer me notou parada tentando acreditar nele. Até que parecia mais feliz que a última vez que o vira, mas, ainda sim, bem mais triste que da penúltima.
Fiquei olhando frustrada. Não era  nenhum lugar mágico. Não era nenhum momento mágico. Ele era só mais um pedestre e eu me interessava mais pelas pernas da mulher de vermelho do que em admirar meu estranho passado.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Acho que escrever nesse estado tem sido meio recorrente. Ontem sai de casa sem intenção de voltar. De fato voltou só um corpo que eu não sei como não perdeu a mochila e ainda conseguiu tirar a sapatilha antes desmaiar na cama. Passei a noite me sentindo culpada. Acordei, quase desmaiei, voltei a dormir. Quando realmente acordei percebo vários machucados. Não quero lembrar como aconteceu, alias não quero lembrar de nada, mas me sinto culpada. Passo a manhã inteira passando mal. Ressaca moral sem ter feito nada de errado, simplesmente porque me ensinaram que é errado perder o controle.
Sair dessas culpas puritanas parecia impossível.
Tomo uma coca-cola e vejo um e-mail que me deixa feliz. Pronto. Tudo de ruim foi embora e fico pensando nesse novo convite.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escrevendo

Vou começar me justificando, mais pra mim do que pra qualquer outra pessoa, apesar de tudo ter começado com uma pessoa.
Isso é sobre eu não saber receber críticas.
Pela primeira ouvir que sou romântica soou mau. Isso e todas as coisas que ele me falou ficaram rodando na minha cabeça. Não estava ofendida, bem longe disso. Acho que foi bom ouvir, mas que o orgulho saiu ferido, isso com certeza. No fim, acho que foi bom ouvir, mas ainda tendo a me defender.
Pode parecer tudo meio estranho, mas na verdade eu gosto de como eu sou. Eu me fascino muito fácil por muita gente e eu gosto disso. Eu gosto de conseguir admirar e gostar das pessoas, mesmo que eu pareça meio boba. Eu também acho a minha vida desse jeito incrível que eu escrevo aqui. Muito mais incrível que qualquer ficção que eu possa escrever. Eu sei que se escrevesse algo longe disso não seria bom. Além disso é um jeito de deixar ela mas leve. O mundo já é pesado o suficiente. Eu não tenho medo que as pessoas saibam demais da minha vida. Me sinto até confortável de poder dividir as coisas e tem coisas, poucas que são só minhas.
Não é tudo que vem pra cá. Tem as com mais pretensão, que ficam guardadas porque a elas eu não suportaria críticas. Também tem coisas minhas, só minhas, que moram no caderno amarelo.
Acho que o blog é um jeito de me fazer conhecer, porque me sinto confortável sabendo que as pessoas me conhecem. Ele também virou um jeito de falar com as pessoas que estão longe e principalmente é o meu jeito de amenisar essa insignificância deixando as coisas um pouco mais deslumbrantes.
Termino lembrando que desde Machado todo mundo já sabe que nunca se confia em um narrador em primeira pessoa.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Flip

Bom, acho que dessa FLIP ficou bem menos que da anterior. Ela mesma foi menos poética e talvez por não ser a primeira, pra mim ficou menos mágica. Acho que o que mais me fez pensar foi o que disseram sobre leitores. A Isabel Allende falou que o que ajudava da carreira prévia de jornalista é que ela escrevia para os leitores e não para a crítica ou para si mesma. Ronaldo Correia de Brito no dia anterior também falava da importância do leitor. Que a literatura só existia quando havia um leitor que resignificava a obra. Do contrário ela não teria valor.
Caros leitores, nesse espaço que escrevo normalmente só pra mim, há um pedaço que fugiu à regra.

domingo, 8 de agosto de 2010

Fantasma

Ele ainda me assombra. É como se nunca fosse me deixar e como se eu não conseguisse viver sem isso. Então vivo numa sobrevida sem ele, mas sem me desprender de seu fantasma. A verdade é que ele vive agora num mundo inalcansável bem distante do meu. Não intento alcançá-lo de novo, porém é como se nunca pudesse viver sem ele. O culpo pela minha covardia, minha frieza e meu egoísmo. Como não culpar se só fiquei de pedra depois que ele foi embora? Ainda não achei um caminho que eu queira seguir e sempre que penso ter encontrado vejo seu espectro a me assombrar e recuo. Não consigo me jogar em mais nada. Pensar que nada vai ser como ele me faz não querer nem querer alguma coisa. Nessa vontade de coisa alguma escrevo pra me livrar desse fantasma que não me deixa sonhar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Véspera

Acho que minha semana foi como os meus bolos...

Agora eu penso em ir embora de novo. Cada vez que eu largo São Paulo eu me largo. Tem gente que leva uma trouxa de problemas pra viagem e aproveita pra resolvê-los no ar puro. Não é o meu caso. Eu deixo os problemas aqui e antes de sair ainda falo "Fiquem comportados aqui e se resolvam. Quando eu voltar não quero mais nada fora do lugar". Normalmente da certo.
Se quando eu ia pra fazenda eu queria mesmo deixar todos os meus milhões de problemas se resolvendo sozinhos aqui, agora a situação é outra. Acho que eu não tenho nada muito meu aqui. Eu estou procurando coisa pra começar. Coisas que depois eu vou cuidar e alimentar até que cresçam. Nesse ponto elas começam a ser problemas. Agora eu não tenho muitos problemas, nem muitas coisas que ainda não são problemas. Então estou atrás de qualquer coisa que preencha essa vidinha e que lugar melhor que Paraty pra procurar coisas que valham a pena alimentar?
Vou. Na volta trago pensamentos loucos, pensamento geniais, algum texto quem sabe pra vir pra cá e saudades sempre. Me desejem boa viajem!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

É assim que eu me senti no último mês. Quanto mais pra baixo a frase mais antigo o meu sentimento, mas vendo por esse ângulo, gosto bastante do meu Blog.

Diga a eles que não quero mais receber visitas.
Esperava que seus olhos o fizessem compreender.
Por que isso é errado pra eles?
Espero, Sonho, Espero
Acho que é uma coisa muito minha, mas pra mim é verdade.
Noites que são fatos isolados sem nenhum sentimento me incomodam de mais
Voltaram para suas vidas medíocres um sem saber ao certo como andava o futuro do outro.
Quero voltar e ter saudades de lá, mas quero reaprender a viver aqui.
Já estava feliz de simplesmente voltar a ver cores e borboletas.
Logo continuaria como antes, apenas longe dela.
Será que todas as noites vão ser assim?

Morfina

Quando entrei no quarto já a encontrei deitada com as feridas expondo sua carne deslacerada. Ela não se levantaria tão cedo. Me ative na porta uns instantes contemplando-a. Seus olhinho me encaravam sem parar. Era aflitivo olhar para os olhos, mas quando fugia dele encontrava as feridas. Era como se mais nada existisse naquele quarto.
"Dói muito?"
Seu olhar se tornou ainda mais penetrante. Pensei no rosto meigo, em seu sorriso, era como se nada disso existisse. Nunca a vira tão séria e tão fria.
"Não. Já doeu muito. Agora acabou. Agora eu não sinto mais nada. Nem bom nem ruim."
Ela parou e tentou esboçar um sorriso. Parecia difícil. Ele saiu torto e discreto. Achei que ela tinha esquecido como sorria.
"Não sei o que você acha do que eu te digo, ou de como estou, mas antes que resolva qualquer coisa definitiva a meu respeito, lembra que você não sabe como doía. Eu sinto muito. Diga a eles que não quero mais receber visitas."