Dias de passar na Paulista pulando de cinema em cinema e entre eles tomar alguns expressos. Andar com o óculos vermelho por ai com pose de cult. Eu sempre gosto dessa época do ano. Outubro aniversário, mostra halloween.
Ontem eu passei o dia indo no cinema. Vou começar pelo pior. Foi o último filme que eu vi. No shopping. Americano. "O garoto de Liverpool". Era para ser um filme sobre a adolescencia do John Lennon, mas podiam dar qualquer nome para o personagem que não mudaria em nada. Era só um dramalhão holliwoodiano. Acho que mais sofrido do que a maioria. Filme de TV.
Antes dele eu assisti outro que eu também não gostei. Me irritam os filme que acham que são descolados porque falam sobre sexo e mostram sexo explicito o tempo inteiro. Às vezes eu me sinto puritana. Acho que o problema é da minha moral cristã e não do filme, mas eu acho que eu não fico tão constrangida assim de ver sexo. Acho que não é nada estético. Nunca li Freud, mas acho difícil me convencerem que tudo se resume a sexo e mesmo assim cinema não se resume a sexo. Não esse tipo de cinema.
Acho que cinema deve ser estético. Do contrário pra que filmar pode-se gravar apenas o audio ou só escrever. Também acho que cinema exige um roteiro do contrário entramos no meio da pornografia que eu não tenho muito interesse. Aliás acho que nenhum. Pra ser sincera eu nunca vi. Nunca tive curiosidade. Não me acho moralista também. Faço sexo não tenho nenhum problema com isso, mas é meu sabe. Acho que o dos outros não vai me divertir tanto assim.
Sem me desviar de mais volto para o maldito filme alemão. Eu ainda gostei mais dele que do sobre o John Lennon. Acho que não tinha história nenhuma, mas até gosto de filme que são apenas diálogos de personagens interessantes. Nesse os personagens não eram assim interessantes. Tudo girava em torno de uma moça que não sabia quem era. É incrível quanto isso é frutífero. Os demais personagens acho que eram só interlocutores dela. Até gostei do diálogos, de alguns deles. Alguns eram superficiais, óbvios ou eu que sou burra. De qualquer forma o filme me fez pensar. A vida dela no fim se resumia a homens e no começo ela não admitia que era simplesmente por prazer. Ela sempre revestia tudo com amor. Acho que todo mundo comete essas hipocrisias. Depois ela admite que é uma vagabunda e começa a se esforçar para isso. No fim fica um tanto ridículo, mas isso de fingir que tudo é mais rosa por não aceitar a realidade nua e crua. É o que eu acabo sempre fazendo eu acho. Acho que todo mundo criado com conforto e dentro dos padrões judaico-cristãos. Eu não queria ser assim, mas eu sou. Eu tento não ser, mas dai sim as coisas ficam parecendo meio ridículas. Não sei como ser, mas vou sendo.
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