quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Escrever sobre cigarros, espelhos, cafés, batons borrados em filtros, xícaras, espelhos. Por que não? Irreal? Mas é assim que eu me sinto. A brincadeira nova é fugir do real. Por que não? Eu quero sonhar nas coisas mais insignificantes. Que todos esses clichês sejam especiais pra mim. É só um jeito de tornar tudo isso vivível. Eu quero ser especial, se não pra mais ninguém por que não pra mim? O que importa num é escrever, mas olhar pra dentro e poder vomitar tudo o que sufoca, pra ninguém, pra mim, pra quem passar aqui por algum motivo maluco, por que não?
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Agora ela já estava na beira do abismo, mas acorrentada sem poder pular. Isso era bom ou ruim. O que vem depois? Por que algo a impedia de se jogar na queda livre da loucura? Pra que tantas amarras se ela num vai na direção certa? Por que caminho errado e ermo prosseguir. Ela deveria estar ficando louca. Fecha os olhos e tenta entender o que anda a sua volta. Quem sabe as amarras não resolvem ir embora quando o coração parar?
sábado, 21 de abril de 2012
20
Eu tenho 20, e eu já tenho saudades de mim. Com 16 o mundo é leve, o futuro ainda num existe pra pesar na sua cabeça. Existem planos, sonhos, tudo aquilo que vai embora quando a palavra adulto vem a sua mente. Eu nunca fiz nada. Todos os superpoderes que eu tinha a uns anos resolveram arrumar se mandar pra um lugar mais fértil. Ter 20? Tomar um porre sozinha enquanto vê as cinzas dos sonhos voarem pela janela. Tentar um jeito de se acomodar, conformar, se enquadrar pra possibilitar um futuro.
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