quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fênix

Ela estava indubitavelmente morta. Seu corpo triste e frio jazia em qualquer lugar sem que ninguém o houvesse encontrado. Foi então que a magia se deu. Como cobra que abandona a antiga pele que já não lhe serve, ela saiu de seu cadáver. Primeiro pensei estar diante de um recém nascido. Depois fitando aqueles olhos cansados jurei que ainda era uma morta, desperta, porém morta.
Diante de figura tão dispare e tão duvidosa me rendi a minha intriga e pus-me a observá-la na esperança de obter, uma migalha que fosse, de resposta sobre o ser a minha frente.
Tive certeza de que via o mundo pela primeira vez. Que era um bebê empenhado em novas descobertas, porém seu olhar não era de fascínio, surpresa ou curiosidade. Eram olhos às vezes tristonhos, às vezes ácidos, odiosos, nostálgicos, decepcionados saudosos ou tristes. Mais tarde soube que fora de fato a primeira vez que aqueles olhos espiaram o mundo, porém traziam em si o filtro daquela alma velha impregnada com as infinitas vidas anteriores e com todas as mortes.
Aquela contradição a minha frente teria uma vida feliz, talvez breve, porém feliz. Vislumbrando-a me perguntei quantas vezes não teria eu feito o mesmo. Foi então que morri.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Talvez fosse daquelas bonecas de porcelana. Que se tem vontade de possuir. Mas não é boa de brincar como as de pano e de plástico. Daquelas que quebram fácil. Dessas com os olhos vidrados que assustam a noite. Aquelas que você põe num canto e esquece depois de ganhar.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

De agonia

Ela me sufocava me consumia em seu aperto e acabei por ressurgir de meus restos deploráveis. Como um bebe sigo cambaleante na descoberta de novo do mundo desprotegida das maravilhas e horrores seguia para descobri-los fascinada procurava algo para procurar.

domingo, 12 de abril de 2009

Entre o crepúsculo e o plenilúnio

"Bailam corujas e pirilampos Entre os sacis e as fadas"-Secos e Molhados- O vira

Foi só surreal. Não há o que explicar. Só havia deixado minha vida para lá para viver lá. Viver como poucas vezes vivo. Viver sem se preocupar com a vida. Se esquecer do tempo. Se entregar aquela atmosfera quase mágica. Ser o mais próximo possível de si mesmo. E nesses momentos que acontecem as surpresas. Que se renasce e se surpreende. Tudo podia acontecer e alguma coisa aconteceu. E agora? O que faço de volta a realidade? Sonho com aquele mundo de sonho e tento fazer desse aquele.

sábado, 4 de abril de 2009

"It's a nice day to start again"-White Wedding- Billy Idol

Nada se compara a ver o Sol nascer depois de uma noite longa e fria. Mesmo que tudo seja figurado.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Calma

Foi bom ela ter me dito pra continuar como sou. Para não me afobar nem me sentir culpada. Foi bom ouvir que era pra viver, pra continuar vivendo