Tive a impressão de que tudo que disse até agora bastava. Que não era mais necessário dizer nada. Que tudo era novamente redundância. Que ingenuidade. Havia ainda tanto para ser tirado de um mergulho profundo pelo caracóis coloridos de dentro de mim. É apenas assim que sei viver: Num mundo meu. Mundo confuso. Colorido eu disse? Nem tanto. Não digo monocromático, sem cor, em sépia ou preto e branco, mas são poucas as cores que ele permite que o consistam: cores sérias. Mas não sérias mesmo. Tornar um mundo de cores sóbrias absurdo torna as coisas mais divertidas. Ou a meu ver mais interessantes. Além de cores: espirais, eles tem começo e fim diferentes, mas ninguém sabe qual é qual e um dos dois é no meio. Assim é minha vida. Um espiral de cores tristes tentando formar um desenho alegre. Cores alegres? Superficiais. Realidade? Sim, às vezes, porém, dolorosa que é, aqui se brinca com ela. Se desmonta e remonta, mudam se peças. Ela é sempre a matéria prima, mas obra final, quando cumpre seu objetivo, acaba sendo mais agradável. Talvez seja errado esse mundo, mas é como aprendi a viver.
Um comentário:
Esse texto me deu vontade de tentar ver melhor meu mundo.
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