sábado, 31 de outubro de 2009
Fantasmas
Mil rostos ao redor dela impediam que ela visse qualquer coisa. Seguiam-na atordoantes. Ela já não tinha saída. Rendia-se aos mil rostos com a mesma feição conhecida e misteriosa, afinal já estava acostumada com essa assombração.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Se a carapuça serviu...
Hey Boy- Mutantes
He he he hey boy
O teu cabelo tá bonito hey boy
Tua caranga até assusta hey boy
Tchu aa uu
Vai passear na rua Augusta tá
He he he hey boy
Teu pai já deu tua mesada hey boy
A tua mina tá gamada hey boy
Tchu aa uu
Mas você nunca fez na na na
No pequeno mundo do teu carro
O tempo é tão pequeno
Teu blusão importado úúú
Tua pinta de abonado
(tuas idéias modernas)
He hey boy
Mas teu cabelo tá bonito hey boy
Tua caranga até assusta hey boy
Tchu aa uu
Vai passear na rua Augusta tá
A menina e as pernas
Vão aparecer
Nos passos ritmados úúú
No iê iê iê bem dançado
(Da cuba libre gelada)
Hey boy
Viver por viver
Hey boy
Viver por viver
Hey boy
Viver por viver
He he he hey boy
O teu cabelo tá bonito hey boy
Tua caranga até assusta hey boy
Tchu aa uu
Vai passear na rua Augusta tá
He he he hey boy
Teu pai já deu tua mesada hey boy
A tua mina tá gamada hey boy
Tchu aa uu
Mas você nunca fez na na na
No pequeno mundo do teu carro
O tempo é tão pequeno
Teu blusão importado úúú
Tua pinta de abonado
(tuas idéias modernas)
He hey boy
Mas teu cabelo tá bonito hey boy
Tua caranga até assusta hey boy
Tchu aa uu
Vai passear na rua Augusta tá
A menina e as pernas
Vão aparecer
Nos passos ritmados úúú
No iê iê iê bem dançado
(Da cuba libre gelada)
Hey boy
Viver por viver
Hey boy
Viver por viver
Hey boy
Viver por viver
domingo, 18 de outubro de 2009
Chovia. Ela com as mãos no vidro frio via as gotas escorrerem do outro lado. Lá fora as coisas aconteciam.
As gotas escorregavam, se encontravam, se juntavam, se bifurcavam. Algumas ficavam paradas até que outras as encontrassem, como se esperassem companhia.
Ela continuava estática observando a chuva, esperando alguma coisa. O que ela esperava? Nem ela sabia. Qualquer coisa que a tirasse da janela.
Mas não acontecia. Nada vinha. Não tinha história para contar se não a das gostas e do céu se abrindo.
Ela era a chuva.
As gotas escorregavam, se encontravam, se juntavam, se bifurcavam. Algumas ficavam paradas até que outras as encontrassem, como se esperassem companhia.
Ela continuava estática observando a chuva, esperando alguma coisa. O que ela esperava? Nem ela sabia. Qualquer coisa que a tirasse da janela.
Mas não acontecia. Nada vinha. Não tinha história para contar se não a das gostas e do céu se abrindo.
Ela era a chuva.
sábado, 17 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Pra quem me ensinou a viver o que não é real
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Com licença poética
Adélia Prado
Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Hoje me fizeram chorar. Choro até agora, deve fazer quase duas horas. Por uns segundos me acalmei. Superei o motivo maior que tinha me feito começar a chorar, mas já era tarde. Já estava frágil demais. Qualquer coisa é estopim pro choro voltar. Dai volta o primeiro motivo dai volta tudo.
É engraçado o poder destrutivo que as palavras vindas de alguém especial tem. Devia ao invés de chorar ter lhe dado um tapa pra ele sentir alguma coisa. Mesmo que essa coisa não fosse um quinto do que eu senti.
Pena na hora não ter pensado em outra solução se não mostrar que eu era mais frágil do que ele pensava. Era uma solução. Mostrar o que ele fez. Mostrar que palavras machucam. Mas talvez ele seja tão bruto que nem isso tenha percebido, pobrezinho.
Se ele estivesse com o olho roxo acho que não estaria chorando agora. De certa forma eu me sentiria vingada e um pouco satisfeita. Mas eu chorei e agora com o rosto inchado e o olho vermelho tento mil jeitos de me sentir melhor, mas nenhum parece muito efetivo. Talvez um abraço. Assim que alguém puder me abraçar...
É engraçado o poder destrutivo que as palavras vindas de alguém especial tem. Devia ao invés de chorar ter lhe dado um tapa pra ele sentir alguma coisa. Mesmo que essa coisa não fosse um quinto do que eu senti.
Pena na hora não ter pensado em outra solução se não mostrar que eu era mais frágil do que ele pensava. Era uma solução. Mostrar o que ele fez. Mostrar que palavras machucam. Mas talvez ele seja tão bruto que nem isso tenha percebido, pobrezinho.
Se ele estivesse com o olho roxo acho que não estaria chorando agora. De certa forma eu me sentiria vingada e um pouco satisfeita. Mas eu chorei e agora com o rosto inchado e o olho vermelho tento mil jeitos de me sentir melhor, mas nenhum parece muito efetivo. Talvez um abraço. Assim que alguém puder me abraçar...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Mimo
Quero-te pra ver teus pés... Quero-te pra que me queiras... Quero-te pra me vingar de ti, dele e de quem mais for... Você é o que eu quiser... Por isso que quero-te... Quero-te para que sejas o que eu quiser... Quero-te tela vazia, bloco de argila, folha em branco... Quero dar forma ao meu querer... É por isso que te quero tanto assim.
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