Chovia. Ela com as mãos no vidro frio via as gotas escorrerem do outro lado. Lá fora as coisas aconteciam.
As gotas escorregavam, se encontravam, se juntavam, se bifurcavam. Algumas ficavam paradas até que outras as encontrassem, como se esperassem companhia.
Ela continuava estática observando a chuva, esperando alguma coisa. O que ela esperava? Nem ela sabia. Qualquer coisa que a tirasse da janela.
Mas não acontecia. Nada vinha. Não tinha história para contar se não a das gostas e do céu se abrindo.
Ela era a chuva.
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