Eu finjo que não é você. Que não é pra você que eu escrevo. Que não é pra te mostrar o que quer que seja que eu continuo vivendo e tentando fugir da minha mediocridade. Eu finjo que acredito quando você diz que não sou eu.
Você finge que não sou eu. Que continua o mesmo. Que não há mais nada a se dizer.
E continuamos com palavras frias. Com olhares desesperados que não fazem questão de se evitar como os corpos.
E esses olhos dizem, gritam nossa fingimento. É assim que somos e eu fico aqui e escrevo já que não sei o que fazer com esses olhos.
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