segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Reentrer

Escrita em algum momento do primeiro semestre desse ano:



As palavras voavam. Cada lágrima era transformada um uma palavra que a trazia mais para baixo. Cada vez mais para baixo. Ela estava caindo cada vez mais fundo sem sair do lugar. Era uma sensação horrível. Diversas vezes pensou que o nó em sua garganta a sufocaria seu cadáver continuaria a cair no lugar. Após tal pensamento sentiu come se seu corpo apodrecesse. Mesmo assim seu coração continuava a bater contra sua vontade. Rezava para que uma hora ele cansasse e ela pudesse finalmente sucumbir em paz. Livrando se de todo inferno que era sentir.
Um furacão de pessoas girava a sua volta e no olho do tornado ela era agredida por todos. E, a pior agressão era a ignorância. Era como se ninguém visse que ela estava sentindo. Todos estavam ocupados demais olhando para seu interior de forma ilusória sem perceber o quão pútrido era.
Morder os pulsos até alcançar as artérias e parar seu coração teimoso? Cortar o ar de seus pulmões com o elástico da saia?
"olá velha amiga. Pare e feche os olhos por alguns segundos. Sonhe. Voe comigo. Te levo para longe se o mesmo prometer fazer comigo"

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