Sempre gostei de observar os anônimos Seja em ruas lojas, pontos de ônibus ou pela janela de meu apartamento. Não os observo com indecência, mas com descrição, respeito e até certa admiração ao seu modo seguro de transparecer saber onde estão e para onde vão.
Nessa tarde um desse anônimos me fez encontrar as flores que mudaram minha vida, ou ao menos esse dia. Chovia. Eu andava desajeitada tentando carregar meus livros, uma sombrinha e uma bolsa.
Até que a bolsa caiu de meu ombro. Quando parei para pegá-la me vi em frente a uma loja de flores. Pensei nele e no jantar de hoje. Por que não levar flores? Ainda mais sendo ele quem fará a comida. Foi quando vi pela vitrine que atrás do balcão estava uma moça de cabelos morenos e olhos bem azuis.
Ainda perdida em meus pensamentos entrei na loja. Levei um susto quando a vendedora perguntou-me se precisava de ajuda. Respondi confusa que não procurava nada em especial. Quando meu batimento cardíaco voltou ao normal perguntei qual era a flor mais bonita da floricultura.
Ela me apontou um vaso com girassois. Não via nada de mais neles, até acho que as rosas eram mais belas, mas a maneira que ela sorria ao falar dos girassois bastou para me convencer. Acabei por levá-los, porém eles não foram muito longe. No fim da tarde estavam na porta da floricultura com um cartão endereçado a alguém de olhos bem azuis.
Um comentário:
Nossa, Ju, que texto maravilhoso.
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