terça-feira, 29 de junho de 2010

Infinitos

Passei o final de semana sentada na frente do computador escrevendo meus milhões de trabalhos. A cada duas frases uma no orkut e duas no msn. Claro que com pausas para festa na casa de uma amiga e almoço na vovó, mas até que não foi tão ruim. Diria até que foi melhor que minha semaninha sem fazer nada e matando aula. A verdade é que eu andava realmente insatisfeita comigo e forçadamente eu tive parei de pensar nesses incômodos e passei muito tempo comigo fingindo que ainda tinha alguma capacidade intelectual.
A produção acadêmica foi como no costume: Faço pelo 5, espero o 8, fico com o 5. Mas passar todo esse tempo em casa me fez até que bem. Me fez cansar de mim e ter saudades de mim.
Eu me incomodo com meu blog ficar cada vez menorzinho. Parece que todo o meu mundo mingua com ele. E, acho que minguava mesmo, e antes dele. Que tipo de mundo é feito de cigarro, baralho e álcool?Podem chamar de libertinagem. Eu já achei bem poético, mas no fim é sempre igual. Acho que eu gostava do meu mundo por fazer dele uma narrativa inesperada. Por sempre fugir de qualquer tipo de rotina, mas acabei transformando a fuga em rotina.
Eu quero continuar contando uma historia surpreendente. Agora eu quero mais um sonho nem que ele seja preso num livro ou num filme, porque os sonhos dos outros acordam os sonhos da gente.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Santo Antônio

Tudo era colorido. As bandeirinhas esbanjavam a felicidade dela. Aqueles olhos de boneca buscavam os olhos dele. A quanto tempo eles o procuravam em silêncio, quase escondidos. Hoje tudo explodia. Tudo que antes estava bem guardado agora fugia dela e corria por todo o espaço. Todos os outros, que não ela e ele, eram cenário. Aquele cenário aconchegante e colorido que ela tanto esperava. Era a noite mais linda com a lua mais redonda, mas tem vezes que nos enganamos.
Ele se perdeu no meio da multidão. Deixando ela em sua explosão sem outra saída que não transbordar a frustração pelos olhos e manchar os cílios de boneca. Nada saíra como ensaiado em seus sonhos. Apenas não naquela noite.

sexta-feira, 25 de junho de 2010


Mais um gole de café, mais uma mordida no chocolate. Como era possível tudo ter gosto cinza? Era como se a cor do céu contaminasse tudo. Seria o céu que deixava as coisas cinzas ou antes disso ela deixara o céu cinza? Nada doía, nem nada estava fora do lugar. Ela havia sido deixada, mas sabia que aguentaria. Poderia ficar mais muito tempo sentada naquele café acompanhada da xícara e do chocolate. Só não suportava aquele monocromatismo constante em sua vida. Ele levara tudo com ele deixando-a sem cores e sem vontades. Nada a apetecia, nem a volta dele fariam seus olhos brilharem. Ela era só névoa.

Imóvel sentada no café completamente vazia ela esperava que qualquer coisa acontecesse. Esperava que alguma vontade viesse e caso não viesse continuaria ali sentada afinal nada estava doendo ou fora do lugar. Era apenas cinza.

Sobre não ser um bibêlo de prateleira

Acho que no fim meus amigos sabem quem eu sou. Só eu que acho que engano alguém e me perco fingindo ser qualquer coisa que eu não sou. Ainda que saibam me sinto talvez até mais triste por estar sozinha. Prefiro que fiquem longe por eu os afugentar e não simplesmente por preferirem coisa melhor, apesar de me adorarem. No fundo isso é mais um post amargurado por estar sozinha. Como eles tem sido recorrentes não? Mas, como me consolaram hoje, no fim tudo da certo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Madrugada

Não é fossa. Eu só me senti muito estranha. Eu era um anjo sem conseguir ser. Eu não me encaixava naquela conversa e eu me senti sozinha como eu não sentia a muito tempo. Não era saudades dele em si, mas de ter alguma coisa, de ter alguém. Eu queria voltar a tudo isso, mas eu já não conseguia e nem conseguia mais fingir que eu era o que eu fingia ser. Nessa madrugada sou um grande limbo esperando a Lua se pôr pra outro dia chegar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Esteriótipo




"A wise girl kisses but doesn't love, listens but doesn't believe, and leaves before she is left" Marylin Monroe

Derrepente me vejo assumindo o papel. Sou tudo que eu nunca fui e, horas quis ser, horas tive orgulho de não ser. Sou a menininha simpática, bonitinha, fácil e sem conteúdo. Decotão, vestido curto, costas abertas. Figura completamente sexualizada que não concorda com a moral e os bons costumes. Um pouco femme fatale fumando fazendo pose com fala meio feminista, mas sem se envolver com políticas. Menina que não presta e declara isso em alto e bom som. Ar de inocente quando convém, mas todo mundo sabe que não é verdade. É, eu tenho roubado no truco.
Conhecendo um ex-namorado meu sei que ele diria que eu sou assim porque eu não podia ser assim na escola. Talvez tenha sua parte de verdade. Cresci sendo feia inteligente na escola sem perspectiva de mudança. Óbvio que surpreende quando isso muda. Mas é só personagem?
Uma parte é só pra me defender de grandes frustrações amorosas. Uma parte é "caralho eu num sabia que podia ser assim!". Outra é só porque estou perdida e não sei o que quero.
Pra mim tudo bem que me achem piriguete. Enquanto num aparece o príncipe encantado qual o problema? Mas que fique claro que ele ainda chega. Estou meio descrente, mas ainda o espero. Meu maior problema comigo é ter realmente me sentido oca. Eu já nem sei o que não é ser oca. Mas acho que eu num quero tanto assim esse papel pra mim. Será que dá pra voltar um pouco?

domingo, 20 de junho de 2010

Festa


Podia ter perdido milhões de coisas, nem me importaria. Talvez a francesa, a dignidade, a vida e o celular fizessem falta num futuro não muito distante, mas nenhum desses foi perdido. Acho que a única coisa que perdi aquela noite foi a vergonha e convenhamos, com dezoito anos ela não faz a menor falta. Me diverti como nunca. Me permiti essa diversão como nunca tinha feito. Nada pesado, nada extravagante, só alegre, bom. Claro que muitas coisas me deixaram felizes, mas o melhor mesmo era dançar o quer que fosse com os amigos. Nada era mais importante ou prazeroso e como em poucos dias acordei pensando como a noite fora boa apesar de ter um fim em si mesma. O que fica? Meu bom humor pelo resto do final se semana. Minha força pra enfrentar Ele quem sabe, mas o bom humor ainda é maior.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Penny in a diamond mine

Falei milhões de coisas e sai sentindo que não tinha dito nada do que eu queria, mas sai certa de uma coisa: eu não queria ser que nem ele. Eu gostava de poder gostar das pessoas absurdamente. Eu queria continuar assim. Eu quero me deixar gostar infinitamente de alguém. Eu sempre me senti bem quando isso acontecia. Eu não quero que um fim me deixe diferente disso.
Eu sei que eu nunca vou conseguir confiar nele. Não é pra ser ele, mas ele poder uma companhia enquanto eu não encontro alguém que eu goste. Até porque eu gosto da companhia dele.
Acho que no fim eu consegui organizar minha mente sem sentido. Já me sinto menos perdida, só queria falar melhor do que escrevo.



Shout when you wanna get off the ride
Shout when you wanna get off the ride
Shout when you wanna get off the ride
'Cause you crossed my mind, you crossed my mind
Made my blood thump Saturday night
Make my heart beat double time
Now I'm only sour cherry on the fruit stand, right
Am I the only sour cherry on the fruit stand

Shout when you wanna get off the ride
Shout when you wanna get off the ride
'Cause you crossed my mind, you crossed my mind
I'm a penny in a diamond mine
We could be movers,
We could be shakers
If we could just shake somin' outta the blue we could get off the ride
I'm the only sour cherry on the fruit stand, right
Am I the only sour cherry on the fruit stand
Am I the only sour cherry on the fruit stand, right
Am I the only sour cherry on your fruit stand?

G-g-g-go home, go home it's over
G-g-g-go home it's over
G-g-g-go home, go home it's over over
Go go home it's over
G-g-g-go home, go home it's over
Go go home it's over
G-g-g-go home, go home it's over over
Go go home it's over

terça-feira, 15 de junho de 2010

How many special people change
How many lives are living strange
Where were you when we were getting high?
Slowly walking down the hall
Faster than a cannon ball
Where were you while we were getting high?

Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova in the sky
Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova
A champagne supernova in the sky

Wake up the dawn and ask her why
A dreamer dreams she never dies
Wipe that tear away now from your eye
Slowly walking down the hall
Faster than a cannon ball
Where were you while we were getting high?

Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova in the sky
Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova
A champagne supernova...

'Cause people believe that they're
Gonna get away for the summer
But you and I, we live and die
The world's still spinning round
We don't know why
Why, why, why, why

How many special people change
How many lives are living strange
Where were you while we were getting high?
Slowly walking down the hall
Faster than a cannon ball
Where were you while we were getting high?

Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova in the sky
Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova
A champagne supernova in the sky

'Cause people believe that they're
Gonna get away for the summer
But you and I, we live and die
The world's still spinning round
We don't know why
Why, why, why, why

How many special people change
How many lives are living strange
Where were you while we were getting high?
We were getting high
We were getting high
We were getting high
We were getting high

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Behind green eyes

Que patético te fazer chorar. Que poética essa culpa me identificar com letras de rock'n roll. Loucura uma noite. Libertina minha vida. Me aprisiono em tudo isso. Me aprisiono em tuas palavra velhas e em tudo mais que não vai voltar. Já não sou mais bem vinda. Que coisa boba. Já que é assim dividamos a culpa. A minha parte eu pago fiado e driblo como bom boêmio. E agora? Sigo andando peço um coração emprestado, um ombro, um colo, um beijo. Roubo outro sorriso pra tentar te devolver. Sei que não consigo. Sigo meu caminho com a certeza de que não volto, mas querendo que você me encontre. Perdoa minhas promiscuidades inocentes. Não cria maiores danos a si mesma e a tudo que nos importa. Não fica com pena, eu também não tenho. Até entendo. Você, não. Mas sigamos sem mais delongas pra onde formos levadas. Te reencontro logo espero que possa voltar a me ver em breve.
Eu já o conseguia pensar em mais nada de mim. Deixava todas as minhas confusões de lado e pensava fixamente nela. Nunca tinha perdido uma amiga por um detalhe tão bobo. Realmente não combino mais comigo.
Poderia começar dizendo que vou contar mais um história de amor, mas talvez atraísse alguns, mas estes leitores se frustrariam ao longo da narrativa. A história a ser contada diz muito mais sobre fugas. É só a história de alguém que se perdeu e sem saber o que procura foge de tudo que possa querer. No fim será uma história de amor como todas as outras, mas que fique clara que a intensão inicial do narrador e do protagonista não é essa.

domingo, 13 de junho de 2010

Meu blog nunca esteva tão rosa e menininha e fresco, mas eu gostei dele... Combina comigo? Me disseram que eu não combinava comigo... vai saber...
Normalmente eu me deprimo e escrevo um post de como eu sofro por não ter um namorado, ou eu passo namorando.
Dessa vez foi mais fora do normal. Se você me viu ontem sabe que sim eu estava bem triste, mas a questão não era o dia. Ele foi completamente desimportante na verdade. A noite do dia 12 foi só o final da minha semana, que foi péssima e acabou no dia dos namorados.
Não quero falar sobre ela. Quero falar sobre hoje. É incrível com dá pra resolver que seus problemas acabam de uma hora pra outra, é só passar uma noite bêbada na festa de algum amigo seu se sentindo uma lesma. Ao menos isso te sido recorrente na minha vida.
Acho que eu sempre volto na teoria criada por mim e pela Jana: Se cavar mais fundo eu saio do outro lado.
Realmente a noite passado foi bem baixa. Eu me sentindo feia, desprezada, sozinha, destruída. Dai você acorda, fica muito feliz de não estar de ressaca, pensa: caralho ontem num fez sentido. Droga preciso arrumar tudo isso. Dai você resolve esfriar a cabeça, tricotar estudar, fazer coisas que você gosta, precisa ou os dois. No fim foda-se que você num tem um namorado e mais ainda foda-se o seu ex namorado e o seu caso atual. Adoro ambos, mas tem outras coisas bacanas que não te tratam mal.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cinza

"now take a look there's no tears in her eyes
like a bird you know she would fly"

Com o céu prestes a cair na sobre minha cabeça me obrigo a sair. Mais um dia infernal. Sento no café e não peço café. Chocolate quente. Médio. Puxo o caderno e penso nele. Nada certo, mas pensando bem o chocolate é delicioso ainda mais com frio. Não quero ser sempre triste. Me forço um sorriso. Finjo que penso em coisas sérias. Pensando bem o Todorov é genial. No final nem é tudo tão ruim. O cachecol da Lúcia é infinitamente bom e ela é uma graça. Preciso pensar agora em um presente pra Fi. Que bom que hoje não é um dia importante, mas qual dia é?

domingo, 6 de junho de 2010

Com o corpo inclinado na janela ela admirava a vista, porém sem muita admiração. Lembrava da primeira vez em que aquele pôr-do-sol a fascinara. Lembrava das primeiras vezes em que aquele lugar a confortava. Quando tudo aquilo constituía seu pequeno paraíso. Por que não era mais assim? Algo nela, talvez movido por nostalgia, queria que ela voltasse a amar aquele lugar, mas já era tarde. Era comum demais, era entediante e o pior, a mantinha presa ali. Logo Ricardo chegaria, mas ele era como a sala ou a janela, algo que a deslumbrara, algo pelo qual ela se apaixonara, mas que agora era apenas costume.Ricardo sempre doce. Era odiável o quanto ele a amava. Ela não conseguia suportar, se sentia culpada, queria desesperadamente livrar-se da culpa e responsabilidade de seu afeto. Ele deveria ser tão mais que um amante, deveria ser inalcansável, deveria ser um Deus, mas agora era só um outro apaixonado que não a deixava sair dali.Ela sabia que deixaria aquela vida, mas não por enquanto, ainda não, não havia como, para onde iria? E Ricardo? E o gato? Ah, o gato! Deixou a vista da janela e foi colocar mais leite no pires do gato, depois voltaria aos estudos até que Ricardo voltasse. Passaria um tempo indeterminado assim, mas um dia conseguiria enfim lhes deixar.