Estava lembrando de quando eu era uma menininha. De ser tão insegura. De procurar um jeito de ser assistindo cantoras na TV. Foi quando grudou na minha cabeça que a gente é um pouco princesa e que no baile de formatura você de repente fica linda e o príncipe aparece. Lembra quando você ia pra banca 5a feira pra comprar capricho nova?
Cresci. A formatura? Eu estava bem bonitinha, mas nos filmes elas não são regadas a whisky. Eu gosto da minha pose no fim. Me acho melhor que qualquer cantora pré-adolescente. Mesmo assim elas cantam melhor. Eu ainda não sei passar delineador. As revistas podem falar o que elas quiserem isso é impossível. Também tenho pavor de curvex!
Problemas com maquiagem a parte, no fim sou mais feliz comigo do jeito que eu to agora. Eu também aprendi que o príncipe encantado não existe ele é um invenção maléfica da Disney pra controlar a população feminina, vender Barbies, lancheira das princesas e posteriormente revistas femininas e comédias românticas.
Tá, eu não falei nada que vocês não soubessem. Só queria lembrar que você esquece isso tudo quando aquela pessoa te olha daquele jeito...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
9-
Alguém que você gostaria de encontrar:
Fábio Moon e Gabriel Bá,
Comecei a escrever para vocês para escrever a alguém que eu gostaria de conhecer. Acho que eu não consigo sonhar muito alto e querer escrever pro Obama mudar o mundo (até porque eu acho que ninguém tem esse poder) e eu não gostaria de encontrar Deus. Seria assustador demais.
Bom, imagino que um dia eu talvez até encontre vocês, acho que vocês moram ou ao menos frequentam perto da minha casa na Vila. Resolvi escrever pra dizer que eu admiro o trabalho de vocês! É tão sensível. Eu realmente me identifico com as tirinhas de vocês. A que eu mais gosto é a da coruja falando que a festa acabou. Nos sábados eu ignoro a manchete e abro primeiro os quadrinhos. Às vezes eu tenho vontade de fazer isso todos os dias, mas eu tenho menos desculpas e me ensinaram que é importante ler o jornal, mesmo com desinteresse.
Eu não entendo nada de quadrinhos. Os únicos livros que eu tenho assim são Persepolis e um de tirinhas do Garfield. Alias eu gosto muito dele, é engraçado. Eu não acho que quadrinhos deva ser um gênero que nem as livrarias acham, porque são coisas muito diferentes, é mais uma maneira de se expressar como cinema ou literatura. De novo eu não intendo nada eu só acho.
Eu queria mesmo aqui era demonstrar a minha admiração, não conheço muito o trabalho de vocês além das tirinhas na folha e no blog. Li o Alienista em quadrinhos, também gostei muito! Vou atrás de mais coisas, mas continuem assim que vocês animam minhas ressacas no sábado de manhã. Me fazem sorrir. As que eu gosto mais eu recorto e depois guardo no meu diário.
Parabéns!!!
Beijos Ju
sábado, 28 de agosto de 2010
7-
Seu ex-namorado:
Beijos Ju
Oi Pe,
De todas essas cartas essa deve ser a pior de todas. Não digo que é a mais difícil porque eu escrevi várias sem ter o que dizer. Não é o seu caso, mas a sua é sempre pior. Eu não sei das milhões de coisas que eu tenho pra dizer o que eu devo dizer. Eu tenho muito medo do que você pensa de mim. Eu te admiro muito então eu quero que você me aprove.
É tanta coisa que eu comecei o caderno amarelo me dirigindo a você. Ainda escrevo ele pra você, mas antes era mais pra me justificar. Agora é só um interlocutor que eu gosto de dividir minha vida. O caderno amarelo é como o verde que eu te dei, só que ele é escrito inteiro em azul e ele é menos bobo e apaixonado. No fim eu gosto mais dele, mas eu gostava mais da minha vida no verde.
Acho que eu não vou te dar ele, já não faz mais sentido. Ele pode ser só uma forma de ainda me prender a idéia que tenho de você, mas essa idéia eu não quero perder nunca. Continuo acreditando em histórias incríveis e maravilhosas, torço por elas cada vez que vejo um sorriso no rosto de uma amiga ou amigo, mas desacredito nos contos de fadas ao meu respeito. Acho que eu já tive o meu.
Não sei se aqui eu escrevo pensando nesse personagem que eu inventei para você ser na minha história ou se é pra você mesmo. Na veradade acho que nem te conheço mais. Como você está? Lembra da caixa laranja? Eu sei que é muito chato, mas eu vivo me perguntando o que de mim ficou em você ou como você me vê.
Muitas vezes eu fui muito chata com você. Tudo porque eu tinha muito medo de me afastar. No fim você me afastou e talvez tenha sido até melhor. Eu mudei muito. Não muito do jeito que eu gostaria. É como eu falo: Quando eu termino com alguém eu procuro ser tudo que ele não queria que eu fosse.
Acho que você era responsável por me manter sã e salva o que tem sido difícil ultimamente.
Ainda não sei como você gostou de mim por tanto tempo. Mesmo. Acho que ninguém nunca mais vai gostar. Eu também num consigo gostar de mais ninguém nem querer nada de muito mais. Eu sei que não vai ser como a gente e eu sei que a gente nunca mais vai ser como no caderno verde, mas é bom saber como as coisas podem ser boas.
Tem mais milhões de coisas que eu talvez quisesse te dizer. Quem sabe não te dou o caderno amarelo falando de tudo mesmo que você não leia. Ah, um pedido: Termina de escrever o verde. Escreve agora a tua história.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
6-
Um estranho:
Querido leitor,
Se você não me conhece não vale a pena que eu me apresente. De que adianta saber meu nome nome ou o que eu faço. Isso também não faria com que você me conhecesse. Te incomoda falar com um estranho? E você quem é? Você se apresentaria a um estranho? Como? Bastaria dizer seu nome e a sua profissão?
Eu acho que as pessoas são muito mais que isso. Quando conheço alguém nunca digo o meu nome, só uma silaba, não gosto dele. Inclusive eu escrevo usando um pseudônimo, mas eu sempre digo feliz o que eu faço da vida. Pensando agora eu costumo dizer que não tenho certeza se é isso que eu quero, mas acho que sou feliz a ponto de me apresentar assim. Você gosta do que você faz? Isso diz alguma coisa sobre você, mas você gostaria que dissesse?
O que mais você diz. Tem gente que acredita que é o que consome. É difícil não fazer isso. Digo oi eu gosto de rock e chocolate branco. Significa que você consome isso, mas o que você não consome?
Entramos numa conversa clichê, mas é difícil ter conversar que não sejam assim com um desconhecido. Quer falar sobre o tempo? É uma conversa que você pode ter no metro ou no elevador, pois não revela nada de você. Simplesmente se diz "como esfriou hoje". Não importa se você gosta ou não do frio. Importa é como está. Normalmente nessas conversas todos tem o mesmo ideal aquele dia 21ºC ensolarado. Não quente, não frio, não chuva. Por mais que você goste de sair de havaiana no calor, de acender a lareira no frio ou de tomar chuva no elevador você prefere dias perfeitos pra não revelar nada pra velinha que vem puxar conversa no ponto de ônibus.
Por que a gente não gosta que saibam quem a gente é?
Quem é você?
Atenciosamente,
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
5-
Queridos sonhos,
É difícil saber aqui a quem me refiro, uma vez que posso estar falando dos meus projetos que quero ver realizados ou de coisas malucas que acontecem a noite e só comigo. Prefiro conversar com manisfestaçoes do meu inconsciente, mesmo sabendo que elas não curtem muito isso.
Eu tinha começado a escrever a carta pensando em como fazia tempo que eu não lembrava de vocês, mas ontem tive uns sonhos loucos. Enquanto eu dormia gostei deles. Quando acordei alguns detalhes me incomodaram um pouco.Inconsciente que me conhece mais que eu gostaria e ainda me provoca.
Ontem eu vi a figura do Goya "O sonho da razão produz monstros". Acho que eu nunca tive muito medo de vocês. Me incomoda sim, mas também é parte de mim. Eu me conheço pelo reflexo de vocês. Algumas vezes eu até torço pra que o mundo fiquei mais como um sonho. Assustador sim, mas seria diferente, inusitado, não seria chato como as coisas na maioria das vezes são.
No fim até que eu gosto de você eu-que-eu-escondo.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
4-
Seu irmão: (puxa poucas cartas hein¬¬)
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Bu,
É muito estranho te escrever porque eu não te imagino lendo. Te imagino dizendo "ah tá" e largando a carta de lado, mas não custa tentar, né?
Acho que a gente não se conhece. Os dois são quietos e nós fomos muito diferentes. Estamos menos agora, mas ainda temos muitas diferenças. Mas às vezes eu queria saber um pouquinho mais da sua vida. Que eu não faço idéia do que acontece e você mora na mesma casa do que eu. O que eu sei eu fico sabendo pelos meus amigos que acabam esbarrando em alguma coisa sua, mas eu acho que se eu tivesse uma irmã mais velha eu também num me sentiria a vontade de contar qualquer coisa para ela.
Desculpa por não te deixar assistir Lost em paz por perguntar o tempo todo o que estava acontecendo, mas eu realmente num tenho essa sua paciência pra seriado, videogame ou a maioria das coisas que você faz.
C'est ça,
Ju
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Bi,
Eu realmente não sei o que escrever pra você. Mesmo! Acho que vou aproveitar pra lembrar que você me deve um template.
Obrigada pelo seu carinho Bi. Você é um puta irmão.
Beijos,
Ju
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Dé,
Talvez eu esteja te tratando de um jeito muito mais ou muito menos infantil do que eu deveria, mas é difícil, pô! Eu sou 8 anos mais velha. é muuuuiiiiiiittttttoooooooo tempo. Eu não sabia o que mais escrever então resolvi te mandar um yoshi:
Beijão,
Ju__________________________________________________
Irmã,
Eu também precisava escrever uma coisa pra você.
Mas eu juro que escrever essas cartas ta sugando o meu cérebro. Eu nunca sei o que escrever pra ninguém. Eu fico esperando que escrever pros meus sonhos ou pro meu reflexo no espelho seja mais fácil, mas na hora eu vou dizer queridos sonhos, não sei o que escrever.
Bom sonhos me lembram você. Aliás muitas coisas me lembram você. Acho que contrário também é verdade. Você é muito especial mesmo irmã! Mesmo que agora a gente se veja pouco.
É estranho, mas acho que os blogs no fundo deixam a gente meio a par uma da vida da outra. Mesmo assim eu prefiro te encontrar e tomar um café. Faz tempo que não fazemos isso!
Ah, falando no meu blog você foi a primeira pessoa a entrar nele! Pelo menos até onde eu sei... E eu fiquei feliz de você ter gostado do meu texto pro cucafu(n)dida e do meu pseudônimo^^
Aliás, você normalmente me deixa de bom humor. Isso é raro nas pessoas.
Bom, você é minha irmãzona!!!
Espero que cada vez mais coisas me lembrem de você. Digo, que tenhamos mais lembranças e sonhos pra compartilhar. E dias de irmã também!!!
Desculpa os erros ortográficos e gramático. Eu sei que você odeia eles, mas pra mim são irresistíveis.
Nossa acho que minhas cartas são todas meio iguais, mas a sua está ficando ainda maior, porque, apesar d'eu não ter muito pra dizer eu sinto como se eu pudesse falar o que eu quiser sem parar. Um dia eu vou me equilibrar na minha cabeça e perguntar se você consegue fazer isso. Enquanto isso eu só fico falando coisas aleatórias.
Ah, você tem que ir pra FLIP ano que vem! Você é essencial pro nosso imã!!!!
Bom, nem faz muito tempo que eu não te vejo, mas eu já estou com saudades. Que bom que essa semana tem sessão onírica. Acabei de lembrar que eu preciso lembrar meus sonhos.
Irmã deixa eu parar antes que escreva um livro inteiro sem nexo.
Beijos sua irmã^^
P.s. Era para a sua letra ficar roxa, mas ia confundir com o resto do meu blog, mas finge que é roxo tá?
______________________________________________________________
Reflitam
se a carapuça servir meus caros....
Dancing Shoes
Arctic Monkeys
Get on your dancing shoes
There's one thing on your mind
Hoping they're looking for you
Sure you'll be rummaging' through
And the shit, shock, horror
You've seen your future bride
Oh, but it's oh so absurd
For you to say the first word
So you're waiting and waiting
The only reason that you came
So what you scared for?
don't you always do the same
It's what you there for, don't you know
...the lights are flashing
Down in here tonight
And some might exchange a glance
But keep pretending to dance
Don't act like it's not happening
As if it's impolite
To go and mention your name
Instead you'll just do the same
As they all do, and hope for the best...
The only reason that you came
So what you scared for?
Well don't you always do the same
It's what you're there for but no
Get on your dancing shoes
You sexy little swine
Hoping they're looking for you
Sure you'll be rummaging through
Oh and the shit, shock, horror
You've seen your future bride
Oh, but it's oh so absurd
For you to say the first word
So you're waiting and waiting
Dancing Shoes
Arctic Monkeys
Get on your dancing shoes
There's one thing on your mind
Hoping they're looking for you
Sure you'll be rummaging' through
And the shit, shock, horror
You've seen your future bride
Oh, but it's oh so absurd
For you to say the first word
So you're waiting and waiting
The only reason that you came
So what you scared for?
don't you always do the same
It's what you there for, don't you know
...the lights are flashing
Down in here tonight
And some might exchange a glance
But keep pretending to dance
Don't act like it's not happening
As if it's impolite
To go and mention your name
Instead you'll just do the same
As they all do, and hope for the best...
The only reason that you came
So what you scared for?
Well don't you always do the same
It's what you're there for but no
Get on your dancing shoes
You sexy little swine
Hoping they're looking for you
Sure you'll be rummaging through
Oh and the shit, shock, horror
You've seen your future bride
Oh, but it's oh so absurd
For you to say the first word
So you're waiting and waiting
Sobre essas malditas cartas
No começo me pareceu uma idéia genial fazer entrar nessa brincadeira. Agora já não parece tanto assim. Talvez sejam as primeiras pessoas. Digo parece mais legal escrever pra alguém morto, alguém que você gostaria de encontrar, seus sonhos... Como eu escrevi nas próprias cartas pra Fi eu não tinha mais o que falar e pros meus pais eu não queria falar e num ia ser uma carta que ia me fazer falar. Não que eu tivesse alguma coisa, mas que eu me sentia realmente desconfortável, mas acho que mesmo o silêncio já diz muito sobre mim. Talvez mais do que as palavras, então acho bem valido se lançar nessas cartas pra pensar sobre mim mesmo, só acho que pra vocês não deve ser muito legal ler, mas enfim, prometo cartas mais legais daqui pra frente, desde que pra pessoas que eu tenha menos medo de escrever e me solte mais.
Sou mesmo daquelas pessoas que prefere anonimamente falar com uma tela de computador do que dirigir a palavra pra alguém. Nem sempre fui assim, teve uma época que eu escrevia meus diários pra pessoas, mas eram pessoas que eu confiava demais. Acho que eu num tenho mais pessoas desse jeito. Virei mais um bichinho assustado.
Sou mesmo daquelas pessoas que prefere anonimamente falar com uma tela de computador do que dirigir a palavra pra alguém. Nem sempre fui assim, teve uma época que eu escrevia meus diários pra pessoas, mas eram pessoas que eu confiava demais. Acho que eu num tenho mais pessoas desse jeito. Virei mais um bichinho assustado.
3-
seus pais:
Pai,
Acho que nossa relação já foi bem difícil. Acho que a adolescência é uma fase bem difícil para os pais muito mais do que para os filhos, mas é quando a gente abre as asas. Acho que é uma distância importante pra gente ter. Escolher quem a gente quer ser e saber fazer escolhas sozinho. Acho que você não morar em casa também contribuiu para isso.
Mas acho que eu cresci e temos nos dado bem agora. Isso é bom. Ainda assim somo bem diferentes, mas acho que também isso é bom. Essa carta é o contrário da outra que eu te escrevi. É bom poder mudar. Às vezes acho que você é muito rígido com os meninos, mas acho que com o tempo as coisas se ajeitam.
Fico feliz que tudo esteja dando certo.
Beijo Ju
Mãe,
Acho que é muito difícil escrever pra você. Se por um lado você é a pessoa mais presente na minha vida, por outro é a pessoa que eu menos quero que saiba algumas coisas. Isso é estranho.
Eu te admiro muito por conseguir criar 4 filhos desse jeito. Eu não conseguiria, porque eu vejo você abrindo mão de muita coisa.
Fico muito feliz que você seja uma mãe compreensiva, bem mais que a de algumas amigas minhas. É bom, eu fico feliz de você apoiar as coisas que eu resolvo fazer. Mesmo que muitas eu largue pelo caminho, mas juro que não era isso que eu queria.
Eu fiquei feliz que você disse que achou que eu escrevo bem, mesmo você sendo minha mãe e elogio de mãe não contar. Pra mim contou.
É realmente difícil escrever para os seus pais. Acho que talvez eu prefira não dizer nada em cartas. Apesar de amar muito vocês eu não me sinto confortável falando alguma coisa por carta nem contando nada. Não sei explicar. Coisas de filha, mas se eu precisar falar alguma coisa eu sei que vou demorar uns dias e conseguir falar. Sempre foi assim.
Sem mais termino a carta assim.
Beijos Ju
Pai,
Acho que nossa relação já foi bem difícil. Acho que a adolescência é uma fase bem difícil para os pais muito mais do que para os filhos, mas é quando a gente abre as asas. Acho que é uma distância importante pra gente ter. Escolher quem a gente quer ser e saber fazer escolhas sozinho. Acho que você não morar em casa também contribuiu para isso.
Mas acho que eu cresci e temos nos dado bem agora. Isso é bom. Ainda assim somo bem diferentes, mas acho que também isso é bom. Essa carta é o contrário da outra que eu te escrevi. É bom poder mudar. Às vezes acho que você é muito rígido com os meninos, mas acho que com o tempo as coisas se ajeitam.
Fico feliz que tudo esteja dando certo.
Beijo Ju
Mãe,
Acho que é muito difícil escrever pra você. Se por um lado você é a pessoa mais presente na minha vida, por outro é a pessoa que eu menos quero que saiba algumas coisas. Isso é estranho.
Eu te admiro muito por conseguir criar 4 filhos desse jeito. Eu não conseguiria, porque eu vejo você abrindo mão de muita coisa.
Fico muito feliz que você seja uma mãe compreensiva, bem mais que a de algumas amigas minhas. É bom, eu fico feliz de você apoiar as coisas que eu resolvo fazer. Mesmo que muitas eu largue pelo caminho, mas juro que não era isso que eu queria.
Eu fiquei feliz que você disse que achou que eu escrevo bem, mesmo você sendo minha mãe e elogio de mãe não contar. Pra mim contou.
É realmente difícil escrever para os seus pais. Acho que talvez eu prefira não dizer nada em cartas. Apesar de amar muito vocês eu não me sinto confortável falando alguma coisa por carta nem contando nada. Não sei explicar. Coisas de filha, mas se eu precisar falar alguma coisa eu sei que vou demorar uns dias e conseguir falar. Sempre foi assim.
Sem mais termino a carta assim.
Beijos Ju
sábado, 21 de agosto de 2010
2-
Queridos Destinatários, se vocês quiserem as cartas de verdade escritas a mão peçam que elas estão na minha carteira...
Uma paixão
Uma paixão
Lê,
"Te pego na escola E encho a tua bola Com todo o meu amor
Te levo pra festa E testo o teu sexo Com ar de professor"- Cazuza- Faz Parte do Meu Show
"Te pego na escola E encho a tua bola Com todo o meu amor
Te levo pra festa E testo o teu sexo Com ar de professor"- Cazuza- Faz Parte do Meu Show
É muito estranho escrever pra você. Minha insegurança é horrível. Fico meio pensando se depois de ontem eu ainda tenho esse direito. Já é a terceira que eu tento escrever. Eu tinha uma pronta, faltava só postar, mas aconteceu um monte de coisas e eu estou escrevendo uma nova agora.
Te escolhi pra escrever porque me propus a essa maldita brincadeira de escrever 30 cartas. Já me arrependi na segunda porque eu tenho muito medo de te dizer qualquer coisa. Te escolhi pra segunda carta, porque se eu tiver uma paixão é você e pronto.
Às vezes eu fico bem triste, porque eu acho que pra você num é assim. Nem faz diferença essa carta, mas você é muito especial pra mim. É especial de um jeito não muito convencional eu acho, mas você me mudou muito. Eu fico muito admirada com a sua confiança, por você ser assim estrovertido, saber o que você quer, ser sincero e seu bom humor.
Bom, eu num consigo ser assim, mas acho que eu aprendi a confiar mais em mim, tentar ficar mais alegre (eu juro que eu tento), gostar de mim. Mesmo assim eu nunca vou ser tão sociável. Eu gosto de ter poucas pessoas e especiais na minha vida. Eu num sei porque raios você foi uma delas, mas foi muito bom ter te encontrado naquela calorada e os últimos seis meses. Precisava de alguém que me ensinasse a ser um pouco mais assim eu acho.
Sabe Lê, acho que precisar de alguém é uma coisa muito forte. Acho que eu precisava da sua atenção quinta-feira e não tive. Não, eu não preciso de você, mas eu gosto muito de você. Eu sei que uma hora você ia ou vai cansar de mim. Eu sou carente e repetitiva. Ainda assim você é parte dessa minha vidinha.
E o mais importante pra você: Você pega bem.^ ^
Ju
P.S. Quero que você seja livre antes de qualquer coisa, pois acho que é a coisa mais importante pra você. Eu fico triste, faço cara de choro, mas no fim fico bem. Have fun.
A Maçã
Raul Seixas
Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar
Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar
P.S. Quero que você seja livre antes de qualquer coisa, pois acho que é a coisa mais importante pra você. Eu fico triste, faço cara de choro, mas no fim fico bem. Have fun.
A Maçã
Raul Seixas
Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar
Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
1-
Seu melhor amigo:
Fi,
Sabe, quando eu li no "30 letter project" best friend eu pensei em você muito pela falta que a sra. faz. Eu não posso te ligar pra gente tomar café ou assistir um filme e depois eu perguntar o que você achou. Te admiro o suficiente pra levar sua opinião muito em conta. Se fosse outra pessoa eu provavelmente perguntaria menos ou ouviria menos a resposta. Também nas férias você fez uma falta terrível.
Depois de resolver que ia ser você eu pensei no que eu tinha pra te dizer.
Talvez eu não tenha nada mesmo. Talvez você já tenha ouvido tudo que eu tenho pra contar. Dai eu pensei que eu podia dizer como eu te vejo, mas acho que mesmo isso você já deve ter ouvido de mim. Escrevendo pra você cheguei a conclusão que falo de mais. Também acho que te ouço pouco, mas quem te ouve muito? Você gosta de ser um pequeno mistério. Acho mesmo que você é um tigre solto na jaula assistindo o jardim zoologico do mundo.
Pensei em uma coisa legal pra te dizer. Se eu tivesse que te colocar numa literatura você seria o realismo do Machado de Assis. Acho que pra um autografo dele nós ficariamos na fila da Flip, ou não porque dai ele ia desprezar a gente. Seja como for você me lembra o Machado de Assis.
Também vou expressar aqui a minha invejinha da sua felicidade de quase se desgrudar desse mundinho e construir coisas só suas em campinas. Isso deve ser incrível. Fico feliz pelas suas conquistas, mas não esquece de voltar pra ver a gente e eu vou tentar encontrar um espacinho entre minhas ressacas e meus porres.
Mesmo você estando tão longe eu ainda acho que dos nossos amigos você é quem foi por um caminho mais parecido com o meu. Talvez pelas humanas, talvez por gostos que nós tinhamos que os outros não. Vai saber.
Bom, como você viu eu não falei nada mesmo que você não soubesse, mas eu continuo com o meu dom de demorar muito pra num falar nada.
Acho que isso é só o aquecimento pras póximas que devem ser mais faceis, mas acho que o objetivo de um melhor amigo é não deixar nada por falar mesmo. Então fica aqui só a oportunidade de prestar homenagem.
Beijo Ju^^
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Velha roupa colorida
Acho que pelo primeira vez não vi o passado como uma roupa que não me serve mais. Acho que a maioria se vai invariavelmente, mas alguma coisa fica como uma tatuagem. Tem coisas que você gosta muito, mostra, que dizem como você é, que fizeram de você o que você é. Também tem aquelas que você deixa de querer, mas é impossível não levá-las com você e elas também são parte de você. Acho que o melhor é tentar achar algo que você gosta nelas, aceitá-las e seguir. Quem sabe modificá-la ou cobri-lá, mas de qualquer jeito não tirá-la. Seja o que for dói. Não se trata mais de outra pessoa e sim de o que você leva dela. Uma hora você se acostuma com isso no espelho e passa a prestar atenção em outra que te agrada mais. C'est la vie.
30 days letter project
Roubando a idéia da Vivi:
30 days letter project
Day 1 — Your Best Friend
Day 2 — Your Crush
Day 3 — Your parents
Day 4 — Your sibling
Day 5 — Your dreams
Day 6 — A stranger
Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush
Day 8 — Your favorite internet friend
Day 9 — Someone you wish you could meet
Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to
Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to
Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain
Day 13 — Someone you wish could forgive you
Day 14 — Someone you’ve drifted away from
Day 15 — The person you miss the most
Day 16 — Someone that’s not in your state/country
Day 17 — Someone from your childhood
Day 18 — The person that you wish you could be
Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad
Day 20 — The one that broke your heart the hardest
Day 21 — Someone you judged by their first impression
Day 22 — Someone you want to give a second chance to
Day 23 — The last person you kissed
Day 24 — The person that gave you your favorite memory
Day 25 — The person you know that is going through the worst of times
Day 26 — The last person you made a pinky promise to
Day 27 — The friendliest person you knew for only one day
Day 28 — Someone that changed your life
Day 29 — The person that you want tell everything to, but too afraid to
Day 30 — Your reflection in the mirror
30 days letter project
Day 1 — Your Best Friend
Day 2 — Your Crush
Day 3 — Your parents
Day 4 — Your sibling
Day 5 — Your dreams
Day 6 — A stranger
Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush
Day 8 — Your favorite internet friend
Day 9 — Someone you wish you could meet
Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to
Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to
Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain
Day 13 — Someone you wish could forgive you
Day 14 — Someone you’ve drifted away from
Day 15 — The person you miss the most
Day 16 — Someone that’s not in your state/country
Day 17 — Someone from your childhood
Day 18 — The person that you wish you could be
Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad
Day 20 — The one that broke your heart the hardest
Day 21 — Someone you judged by their first impression
Day 22 — Someone you want to give a second chance to
Day 23 — The last person you kissed
Day 24 — The person that gave you your favorite memory
Day 25 — The person you know that is going through the worst of times
Day 26 — The last person you made a pinky promise to
Day 27 — The friendliest person you knew for only one day
Day 28 — Someone that changed your life
Day 29 — The person that you want tell everything to, but too afraid to
Day 30 — Your reflection in the mirror
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Em todos os caminhos inusitado que segui sempre esperei encontrá-lo ao dobrar a esquina. Ele nunca estava lá. Em nenhum dos lugares que visito em meus sonhos. Em nenhum dos becos que visito às noites. Em nenhuma das minhas surpresas nem nas esquinas que passo todo dia e pelas quais sinto um carinho especial.
Andando num lugar comum o encontrei. Ele, a mim, não. Não tinha sido como eu pensava todos os dias. Apenas vi ele passando naquele clichê com a malha de lã preta e um cachecol que eu não conhecia. Se confundia com todos os outros na multidão. Cabisbaixo sequer me notou parada tentando acreditar nele. Até que parecia mais feliz que a última vez que o vira, mas, ainda sim, bem mais triste que da penúltima.
Fiquei olhando frustrada. Não era nenhum lugar mágico. Não era nenhum momento mágico. Ele era só mais um pedestre e eu me interessava mais pelas pernas da mulher de vermelho do que em admirar meu estranho passado.
Andando num lugar comum o encontrei. Ele, a mim, não. Não tinha sido como eu pensava todos os dias. Apenas vi ele passando naquele clichê com a malha de lã preta e um cachecol que eu não conhecia. Se confundia com todos os outros na multidão. Cabisbaixo sequer me notou parada tentando acreditar nele. Até que parecia mais feliz que a última vez que o vira, mas, ainda sim, bem mais triste que da penúltima.
Fiquei olhando frustrada. Não era nenhum lugar mágico. Não era nenhum momento mágico. Ele era só mais um pedestre e eu me interessava mais pelas pernas da mulher de vermelho do que em admirar meu estranho passado.
Marcadores:
qualquer semelhança é quase conhecidência
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Acho que escrever nesse estado tem sido meio recorrente. Ontem sai de casa sem intenção de voltar. De fato voltou só um corpo que eu não sei como não perdeu a mochila e ainda conseguiu tirar a sapatilha antes desmaiar na cama. Passei a noite me sentindo culpada. Acordei, quase desmaiei, voltei a dormir. Quando realmente acordei percebo vários machucados. Não quero lembrar como aconteceu, alias não quero lembrar de nada, mas me sinto culpada. Passo a manhã inteira passando mal. Ressaca moral sem ter feito nada de errado, simplesmente porque me ensinaram que é errado perder o controle.
Sair dessas culpas puritanas parecia impossível.
Tomo uma coca-cola e vejo um e-mail que me deixa feliz. Pronto. Tudo de ruim foi embora e fico pensando nesse novo convite.
Sair dessas culpas puritanas parecia impossível.
Tomo uma coca-cola e vejo um e-mail que me deixa feliz. Pronto. Tudo de ruim foi embora e fico pensando nesse novo convite.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Escrevendo
Vou começar me justificando, mais pra mim do que pra qualquer outra pessoa, apesar de tudo ter começado com uma pessoa.
Isso é sobre eu não saber receber críticas.
Pela primeira ouvir que sou romântica soou mau. Isso e todas as coisas que ele me falou ficaram rodando na minha cabeça. Não estava ofendida, bem longe disso. Acho que foi bom ouvir, mas que o orgulho saiu ferido, isso com certeza. No fim, acho que foi bom ouvir, mas ainda tendo a me defender.
Pode parecer tudo meio estranho, mas na verdade eu gosto de como eu sou. Eu me fascino muito fácil por muita gente e eu gosto disso. Eu gosto de conseguir admirar e gostar das pessoas, mesmo que eu pareça meio boba. Eu também acho a minha vida desse jeito incrível que eu escrevo aqui. Muito mais incrível que qualquer ficção que eu possa escrever. Eu sei que se escrevesse algo longe disso não seria bom. Além disso é um jeito de deixar ela mas leve. O mundo já é pesado o suficiente. Eu não tenho medo que as pessoas saibam demais da minha vida. Me sinto até confortável de poder dividir as coisas e tem coisas, poucas que são só minhas.
Não é tudo que vem pra cá. Tem as com mais pretensão, que ficam guardadas porque a elas eu não suportaria críticas. Também tem coisas minhas, só minhas, que moram no caderno amarelo.
Acho que o blog é um jeito de me fazer conhecer, porque me sinto confortável sabendo que as pessoas me conhecem. Ele também virou um jeito de falar com as pessoas que estão longe e principalmente é o meu jeito de amenisar essa insignificância deixando as coisas um pouco mais deslumbrantes.
Termino lembrando que desde Machado todo mundo já sabe que nunca se confia em um narrador em primeira pessoa.
Isso é sobre eu não saber receber críticas.
Pela primeira ouvir que sou romântica soou mau. Isso e todas as coisas que ele me falou ficaram rodando na minha cabeça. Não estava ofendida, bem longe disso. Acho que foi bom ouvir, mas que o orgulho saiu ferido, isso com certeza. No fim, acho que foi bom ouvir, mas ainda tendo a me defender.
Pode parecer tudo meio estranho, mas na verdade eu gosto de como eu sou. Eu me fascino muito fácil por muita gente e eu gosto disso. Eu gosto de conseguir admirar e gostar das pessoas, mesmo que eu pareça meio boba. Eu também acho a minha vida desse jeito incrível que eu escrevo aqui. Muito mais incrível que qualquer ficção que eu possa escrever. Eu sei que se escrevesse algo longe disso não seria bom. Além disso é um jeito de deixar ela mas leve. O mundo já é pesado o suficiente. Eu não tenho medo que as pessoas saibam demais da minha vida. Me sinto até confortável de poder dividir as coisas e tem coisas, poucas que são só minhas.
Não é tudo que vem pra cá. Tem as com mais pretensão, que ficam guardadas porque a elas eu não suportaria críticas. Também tem coisas minhas, só minhas, que moram no caderno amarelo.
Acho que o blog é um jeito de me fazer conhecer, porque me sinto confortável sabendo que as pessoas me conhecem. Ele também virou um jeito de falar com as pessoas que estão longe e principalmente é o meu jeito de amenisar essa insignificância deixando as coisas um pouco mais deslumbrantes.
Termino lembrando que desde Machado todo mundo já sabe que nunca se confia em um narrador em primeira pessoa.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Flip
Bom, acho que dessa FLIP ficou bem menos que da anterior. Ela mesma foi menos poética e talvez por não ser a primeira, pra mim ficou menos mágica. Acho que o que mais me fez pensar foi o que disseram sobre leitores. A Isabel Allende falou que o que ajudava da carreira prévia de jornalista é que ela escrevia para os leitores e não para a crítica ou para si mesma. Ronaldo Correia de Brito no dia anterior também falava da importância do leitor. Que a literatura só existia quando havia um leitor que resignificava a obra. Do contrário ela não teria valor.
Caros leitores, nesse espaço que escrevo normalmente só pra mim, há um pedaço que fugiu à regra.
Caros leitores, nesse espaço que escrevo normalmente só pra mim, há um pedaço que fugiu à regra.
domingo, 8 de agosto de 2010
Fantasma
Ele ainda me assombra. É como se nunca fosse me deixar e como se eu não conseguisse viver sem isso. Então vivo numa sobrevida sem ele, mas sem me desprender de seu fantasma. A verdade é que ele vive agora num mundo inalcansável bem distante do meu. Não intento alcançá-lo de novo, porém é como se nunca pudesse viver sem ele. O culpo pela minha covardia, minha frieza e meu egoísmo. Como não culpar se só fiquei de pedra depois que ele foi embora? Ainda não achei um caminho que eu queira seguir e sempre que penso ter encontrado vejo seu espectro a me assombrar e recuo. Não consigo me jogar em mais nada. Pensar que nada vai ser como ele me faz não querer nem querer alguma coisa. Nessa vontade de coisa alguma escrevo pra me livrar desse fantasma que não me deixa sonhar.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Véspera
Acho que minha semana foi como os meus bolos...
Agora eu penso em ir embora de novo. Cada vez que eu largo São Paulo eu me largo. Tem gente que leva uma trouxa de problemas pra viagem e aproveita pra resolvê-los no ar puro. Não é o meu caso. Eu deixo os problemas aqui e antes de sair ainda falo "Fiquem comportados aqui e se resolvam. Quando eu voltar não quero mais nada fora do lugar". Normalmente da certo.
Se quando eu ia pra fazenda eu queria mesmo deixar todos os meus milhões de problemas se resolvendo sozinhos aqui, agora a situação é outra. Acho que eu não tenho nada muito meu aqui. Eu estou procurando coisa pra começar. Coisas que depois eu vou cuidar e alimentar até que cresçam. Nesse ponto elas começam a ser problemas. Agora eu não tenho muitos problemas, nem muitas coisas que ainda não são problemas. Então estou atrás de qualquer coisa que preencha essa vidinha e que lugar melhor que Paraty pra procurar coisas que valham a pena alimentar?
Vou. Na volta trago pensamentos loucos, pensamento geniais, algum texto quem sabe pra vir pra cá e saudades sempre. Me desejem boa viajem!
Agora eu penso em ir embora de novo. Cada vez que eu largo São Paulo eu me largo. Tem gente que leva uma trouxa de problemas pra viagem e aproveita pra resolvê-los no ar puro. Não é o meu caso. Eu deixo os problemas aqui e antes de sair ainda falo "Fiquem comportados aqui e se resolvam. Quando eu voltar não quero mais nada fora do lugar". Normalmente da certo.
Se quando eu ia pra fazenda eu queria mesmo deixar todos os meus milhões de problemas se resolvendo sozinhos aqui, agora a situação é outra. Acho que eu não tenho nada muito meu aqui. Eu estou procurando coisa pra começar. Coisas que depois eu vou cuidar e alimentar até que cresçam. Nesse ponto elas começam a ser problemas. Agora eu não tenho muitos problemas, nem muitas coisas que ainda não são problemas. Então estou atrás de qualquer coisa que preencha essa vidinha e que lugar melhor que Paraty pra procurar coisas que valham a pena alimentar?
Vou. Na volta trago pensamentos loucos, pensamento geniais, algum texto quem sabe pra vir pra cá e saudades sempre. Me desejem boa viajem!
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